Fé: sustentáculo dos católicos chineses perseguidos
Lisboa – Portugal (Terça-feira, 04-04-2017, Gaudium Press) Conforme informações da ECCLESIA um diácono chinês pertencente à comunidade Católica que o regime comunista denomina católica ‘clandestina’ realizou uma série de encontros discorrendo sobre a situação de “perseguição” em seu país.
Por motivo de segurança, o nome do diácono não foi citado, contudo ele revelou com muita propriedade e com dados objetivos que o atual sistema de controle do regime comunista sobre as comunidades religiosas não permite aos católicos “viver a fé com liberdade”:
“Muitos deram a vida por dar testemunho da importância da fé, da importância de Cristo”, disse o diácono.
Conhecer a realidade
Afirmando que “é preciso que as pessoas saibam o que se está passando (em toda a China) e assim possam conhecer a realidade”, o diácono chinês apresentou seu testemunho em encontros de oração e reflexão. Ele passou por várias cidades, entre elas, Évora, Lisboa, Amadora e Setúbal.
Os comunistas de Pequim criaram, em 1957, uma “Igreja ficial”, a APC – Associação Patriótica Católica, segundo eles, para evitar interferências estrangeiras, em especial da Santa Sé, e para assegurar que os católicos vivam em conformidade com as políticas do Estado, o que inclui o controlo sobre a nomeação de bispos, uma prerrogativa que só pode ser usada pela Santa Sé.
Fé: sustentáculo dos católicos chineses
Os católicos que seguem as indicações de Roma, não reconhecendo a APC, vivem numa Igreja ‘clandestina’ e “a fé é o que sustenta os católicos que vivem esta situação difícil”, declara o diácono chinês.
A existência de duas comunidades católicas na China, uma ligada ao Papa e a outra aos comunistas, tem sido objeto de negociações entre Pequim e a Santa Sé. Mas, para o diácono, é pouco admissível que “tudo mude de um dia para o outro”.
“Em outros países existe mais facilidade para viver a fé e nós queremos essa liberdade, o direito a viver dessa forma”, disse o diácono em seu testemunho:
Na China, “bispos, sacerdotes e leigos são ainda hoje perseguidos, presos e oprimidos”, sublinhou ele.
O Papa Francisco já confessou a sua “admiração” pela China e admitiu seu desejo de visitar o país.
Sobrevoando o território chinês, em 2014, Francisco enviou mensagens a Xi Jinping. (JSG)
Deixe seu comentário