Considerações sobre a profecia de Sofonias: O castigo e a restauração
Redação (Sexta-feira, 16-12-2016, Gaudium Press) O povo eleito prevaricara adorando deuses falsos e relativizando a noção de bem e mal, de verdade e erro. Sofonias o adverte com duras palavras e anuncia terríveis castigos.
E hoje, o que nos diria o profeta?
Vejamos as considerações sobre este ponto elaboradas pelo Diácono Dr. Thiago de Oliveira Geraldo, EP
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O século VIII a.C. havia sido a idade de ouro das profecias do Antigo Testamento. Nele agiram, entre outros, Amós, Oseias, Miqueias e, sobretudo, Isaías, o grande anunciador da vinda do Messias.
Na primeira metade do século VII, porém, os oráculos divinos deixaram de guiar o povo de Judá. Durante o reinado de Manassés (687-642 a.C.), longos anos de silêncio profético ocorreram, em boa medida, por causa da impiedade do rei, o qual derramou “tanto sangue inocente que inundou Jerusalém de uma extremidade à outra, sem falar dos pecados com que tinha feito pecar Judá, levando-o a fazer o mal aos olhos do Senhor” (II Rs 21, 16).
Nova aliança sobre novos fundamentos
Manassés se tornou vassalo do rei da Assíria. Comprou a tranquilidade política com o preço da apostasia, introduzindo cultos aos astros no Templo e permitindo que a deusa Astarte, filha de Baal, ali tivesse sua morada, como uma espécie de esposa-irmã do Deus verdadeiro.
Só no final do século VII a.C. voltam a aparecer profetas como Sofonias, Jeremias e Habacuc. Ao contrário de seus predecessores, este novo grupo de homens providenciais já não visa exortar a nação à conversão para evitar o castigo. Apesar das advertências divinas, o arrependimento do povo no seu conjunto nunca fora inteiramente sincero e duradouro. Restava salvar os salváveis. Este é o objetivo dos profetas nesta quadra histórica.
Como anunciaram anteriormente os oráculos do Céu, a começar pelos de Amós, vai ser com base num “resto” que Deus promoverá a restauração e cumprirá seus desígnios por cima das infidelidades de seu povo. A única solução plausível e durável é a criação de uma nova aliança, estabelecida sobre novos fundamentos. Aos homens já não basta endireitar o caminho. Precisam transformar radicalmente sua forma de viver. Esta mudança agora tem de ser muito mais profunda.
Como um rio caudaloso que se precipita sobre o abismo, à maneira das Cataratas do Iguaçu, serão os acontecimentos que desabarão sobre Jerusalém: novas guerras, novas invasões, destruição do Templo, novo sangue derramado, nova deportação, como a do reino do norte, Israel.
Não há mais esperança sob o ponto de vista humano. O remédio é expiar as próprias faltas com humildade, agora individualmente, e não enquanto nação. Cada um deverá responder à voz de Deus e dizer sim a este novo modo de ser, inteiramente conforme a vontade divina.
Dentre os profetas incumbidos deste novo chamado encontra-se Sofonias, que pregou entre os anos 640-630 a.C., durante o reinado de Josias (640-609 a.C.), rei que tentou fazer uma reforma religiosa no país entre os anos 622-621 a.C., época em que foi encontrado o livro da Lei no Templo de Jerusalém.
Sofonias significa Yahweh guarda, protege. Sua pregação pretende, sobretudo, descrever a destruição que Deus enviará e a situação da cidade de Jerusalém.
“Estenderei a mão contra Judá”
Por vezes, as grandes tempestades são antecedidas por calmarias: o vento cessa, os pássaros silenciam seus cantos e as feras se entocam. Tranquilidade? Não, virá uma tormenta! Os equilibrados instintos dos animais levam-nos a pressentir os fenômenos da natureza e a se preparar para os acontecimentos. Quiçá os seres humanos também pudessem fazê-lo, em relação à vontade divina…
Assim Sofonias anuncia a mensagem do Altíssimo: “Destruirei tudo sobre a face da Terra – oráculo do Senhor; farei perecer homens e animais, aves do céu e peixes do mar; exterminarei os ímpios com seus escândalos, farei desaparecer os homens da superfície do mundo – oráculo do Senhor” (Sf 1, 2-3).
Mas contra quem fala o profeta? Quem é causa de tanta indignação da parte de Deus? São seus próprios filhos, o povo eleito! “Estenderei a mão contra Judá, e contra todos os habitantes de Jerusalém” (1, 4a), ecoa o brado divino.
Povo filho de Abraão e dos patriarcas, povo guiado por Moisés no deserto e introduzido na Terra Prometida por Josué, povo acompanhado por Deus como um amigo, qual terá sido seu erro?
O vaticínio de Sofonias o revela: “Exterminarei desse lugar tudo o que resta de Baal, até o nome de seus servos e de seus sacerdotes: os que se prostram nos terraços para adorar a imensidão dos astros; os que se prostram e fazem juramentos ora em nome do Senhor, ora em nome de seu deus; e também os que se desviam do Senhor, que não O buscam nem se preocupam com Ele” (1, 4b-6).
Se há um povo que não podia se desviar do verdadeiro caminho, este era o povo eleito, amado especialmente por Deus. Não há dúvida de que a ingratidão do filho predileto fere mais do que a ofensa de mil inimigos.
Calmaria antes da tempestade
Baal era o deus do vento e da tempestade, relacionado, por consequência, à fertilidade da terra. Na época de Sofonias, o seu culto deitara raízes entre os judeus. A profecia declara que os sacerdotes de Baal mesclavam-se com os sacerdotes do Deus verdadeiro, decerto até mesmo no culto do Templo.
Se isso não bastasse, o povo eleito passou a adorar os astros, meras criaturas de Deus, esquecendo-se d’Aquele que os criou…
Ora, ao falar do mundo, Santo Agostinho indica o equilíbrio que devemos ter no que concerne à criação: “Deus não te proíbe amar estas coisas, mas te proíbe amá-las até o ponto de buscar nelas tua felicidade… Deus te deu todas estas coisas. Ama ao que as fez. Um bem maior é o que Ele quer te dar, a Si mesmo, que fez estas coisas. Se, pelo contrário, tu amas estas coisas, ainda que feitas por Deus, e tu descuidas do Criador e amas o mundo, acaso não será julgado adúltero teu amor?”.2
A recriminação de Sofonias se dirige especialmente aos que querem fazer uma ponte sincretista, adorando o Deus verdadeiro e jurando pelo deus amonita Milcom, equivalente ao Moloch dos moabitas.
Jerusalém já não procura o Senhor. Seus habitantes afastaram-se do verdadeiro Deus. O resultado não poderia ser outro senão aquele anunciado por Sofonias: “Silêncio diante do Senhor Javé! Porque o dia do Senhor está próximo” (1, 7).
O próprio Senhor dos exércitos pediu silêncio, é a calmaria antes da tempestade. O que vem pela frente?
A trombeta que convocará as almas
O dia do Senhor já havia sido anunciado em anteriores ocasiões. Os israelitas confiavam que seria o dia da vingança de Deus contra as demais nações, dando a supremacia ao povo eleito, mas já Amós havia desmentido esta visualização: ele haveria de ser um dia de luto para Israel, pois se Deus quer purificar a humanidade, haverá de começar por seus filhos (cf. Am 3, 14).
Sofonias é ainda mais claro: “Eis que se aproxima o grande dia do Senhor! Ele se aproxima rapidamente. Terrível é o ruído que faz o dia do Senhor; o mais forte soltará gritos de amargura nesse dia” (1, 14).
Os versículos do profeta que seguem ao acima citado inspiraram um autor do século XIII da Era Cristã, amigo, biógrafo e filho espiritual de São Francisco de Assis, frei Tomás de Celano, a compor o hino que mais nos lembra o Juízo Final: Dies iræ, dies illa – Aquele dia, dia da ira.
A Igreja, durante séculos, o incluiu como sequência nas Missas de Requiem. Atualmente, ele aparece apenas na Liturgia das Horas, na última semana antes do Advento, dividido em três partes: no Hino do Ofício das Leituras, os versículos 1-6; no Hino das Laudes, os versículos 7-12; no Hino das Vésperas, os versículos 13-18, sendo trocado o versículo 19 do Dies iræ por uma doxologia em honra da Santíssima Trindade.
A impressionante descrição do derradeiro toque de trombeta convocando as almas para comparecerem diante do trono de Deus inspirou peças mestras de compositores como Wolfgang Amadeus Mozart ou Giuseppe Verdi nas Missas de Requiem compostas por eles.
Tais são os versículos inspiradores dessas obras todas: “Esse dia será um dia de ira, dia de angústia e de aflição, dia de ruína e de devastação, dia de trevas e escuridão, dia de nuvens e de névoas espessas, dia de trombeta e de alarme, contra as cidades fortes e as torres elevadas” (Sf 1, 15-16).
Diante de Deus não há máscaras
Como entender o que o profeta quer dizer com cidades fortes e torres elevadas? Referem-se a algo específico?
Sim, nos dirá São Gregório Magno. As cidades fortes são as almas suspicazes, porque se cercam de uma falsa defesa quando são repreendidas e não se deixam alcançar pela verdade. Por torres elevadas devemos entender a duplicidade da alma mentirosa, como as torres de uma muralha que também têm dois lados.
Diante de Deus não há máscaras, nada está escondido, como recordará ainda São Gregório: “Portanto, vem o dia do Senhor, dia cheio de vingança e de ira contra as cidades fortificadas e contra as torres angulares, porque a ira do Juízo Final destrói os corações humanos que se fecharam à verdade, e revela os que estão envoltos em duplicidade. Então, caem as cidades fortificadas, porque Deus condena as almas suspicazes; e se derrubam as torres angulares, porque os corações que se ensoberbecem pela prudência da mentira caem por terra pela sentença da justiça”.3
Talvez a sentença divina soe por demais dura, mas não esqueçamos que os decretos divinos são sempre justos: “Mergulharei os homens na aflição, e eles andarão como cegos porque pecaram contra o Senhor. Seu sangue será derramado como o pó, e suas entranhas como o lixo. Nem sua prata, nem seu ouro poderão salvá-los no dia da cólera do Senhor. Toda a Terra será devorada pelo fogo de seu zelo, porque Ele aniquilará de repente toda a população da Terra” (Sf 1, 17-18).
Acusação contra a Cidade Santa
No segundo capítulo do Livro de Sofonias, Deus anunciou o castigo para as nações que circundavam Jerusalém, marcando os quatro pontos cardeais: Filisteia a leste, Moab e Amon a oeste, Etiópia ao sul e Assíria ao norte. E o que restou destas nações? O que sobrou, também, da grande Nínive, capital da Assíria? É a mensagem que Deus quer transmitir ao seu povo…
A descrição mais terrível do profeta Sofonias é, entretanto, a referente à prevaricação dos filhos de Deus. Se fosse somente uma Nínive que se levantasse contra Ele, talvez Deus o pudesse suportar, mas ser ofendido pelos próprios filhos!
Eis o oráculo do profeta contra a Cidade Santa: “Ai da (cidade) rebelde e abjeta, da cidade tirânica! Ela não ouviu a voz, nem aceitou o aviso; não confiou no Senhor, nem se aproximou do Senhor seu Deus” (3, 1-2).
A seguir vem a descrição dos mais importantes membros da sociedade pervertida: “Seus chefes estão no meio dela como leões que rugem; seus juízes são como os lobos da noite que nada guardam para a manhã seguinte. Seus profetas são jactanciosos e impostores; seus sacerdotes, profanadores de coisas santas e violadores da Lei” (3, 3-4).
Estes deveriam conduzir o povo ao caminho do bem, e não o fizeram. “Por isso, esperai-Me – oráculo do Senhor – até o dia em que Me levantarei como testemunha, porque resolvi congregar as nações e reunir os reinos, para descarregar sobre eles o meu furor, todo o ardor da minha cólera; porque toda a Terra será devorada pelo fogo de meu ressentimento” (3, 8).
Tudo isso se deu numa era em que os homens procuraram construir uma sociedade afastada de Deus. E como sempre acontece, acabou ela por desmoronar-se.
Promessa de uma nova era
Mesmo quando o castigo é inevitável, Deus, vencido pela sua misericórdia, acaba por esquecer a ingratidão dos seres humanos. Por isso, logo depois de descrever o castigo, Sofonias exclama: “Solta gritos de alegria, filha de Sião! Solta gritos de júbilo, ó Israel! Alegra-te e rejubila-te de todo o teu coração, filha de Jerusalém! O Senhor revogou a sentença pronunciada contra ti, e afastou o teu inimigo” (3, 14-15).
A profecia conclui anunciando o retorno dos filhos de Deus do cativeiro da Babilônia, mas sua mensagem se estende a todos os povos ao longo da História. Deus sempre vence: quando castiga e quando perdoa. E, enquanto não chegar o fim dos tempos, Ele sempre fará nascer algo melhor e mais elevado cada vez que os homens tentarem “destruí-Lo”.
Nosso Senhor Jesus Cristo, verdadeiro Deus e verdadeiro Homem, jamais será derrotado. Mas também não o será a Igreja, a verdadeira Sião. O Verbo de Deus “é a armadura da benevolência, a paz, a muralha, o que concede a incorruptibilidade, o doador das coroas, o que concluiu a guerra dos assírios incorpóreos e desbaratou as insídias dos demônios”.4
Podemos afirmar, pois, que, para humilhação dos poderes infernais que combatem contra os bons ao longo dos séculos, cabem bem a Nosso Senhor e à sua Esposa Mística as palavras finais de Sofonias, as quais mostram a proteção de Deus aos filhos fiéis que voltaram seu coração a Ele no tempo da calamidade e da apostasia: “Exterminarei, naquele dia, todos os teus opressores. Salvarei os coxos, recolherei os dispersos, farei deles um objeto de louvor, e de sua vergonha uma glória para toda a Terra, no tempo em que Eu vos reconduzir, no tempo em que vos recolher, porque farei de vós um objeto de glória e de louvor entre todos os povos da Terra, quando Eu tiver realizado a vossa restauração sob os vossos olhos, diz o Senhor” (3, 19-20). (Revista Arautos do Evangelho, Setembro/2016, n. 177, pp.
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Um hino inspirado na profecia de Sofonias: Dies iræ, dies illa
1. Dies iræ, dies illa, solvet sæclum in favilla: teste David cum Sibylla.
2. Quantus tremor est futurus, quando Iudex est venturus, cuncta stricte discussurus!
3. Tuba mirum spargens sonum, per sepulcra regionum, coget omnes ante thronum.
4. Mors stupebit, et natura, cum resurget creatura, iudicanti responsura.
5. Liber scriptus proferetur, in quo totum continetur, unde mundus iudicetur.
6. Iudex ergo cum sedebit, quidquid latet, apparebit: nil inultum remanebit.
7. Quid sum miser tunc dicturus? Quem patronum rogaturus, cum vix iustus sit securus?
8. Rex tremendæ maiestatis, qui salvandos salvas gratis, salva me, fons pietatis.
9. Recordare, Iesu pie, quod sum causa tuæ viæ: ne me perdas illa die.
10. Quærens me, sedisti lassus: redemisti Crucem passus: tantus labor non sit cassus.
11. Iuste Iudex ultionis, donum fac remissionis ante diem rationis.
12. Ingemisco, tamquam reus: culpa rubet vultus meus: supplicanti parce, Deus.
13. Qui Mariam absolvisti, et latronem exaudisti, mihi quoque spem dedisti.
14. Preces meæ non sunt dignæ: sed tu bonus fac benigne, ne perenni cremer igne.
15. Inter oves locum præsta, et ab hædis me sequestra, statuens in parte dextra.
16. Confutatis maledictis, flammis acribus addictis, voca me cum benedictis.
17. Oro supplex et acclinis, cor contritum quasi cinis, gere curam mei finis.
18. Lacrimosa dies illa, qua resurget ex favilla iudicandus homo reus: huic ergo parce, Deus.
19. Pie Iesu Domine, dona eis requiem. Amen.
Dia de ira, aquele dia, será tudo cinza fria: diz Davi, diz a Sibila.
Que temor será causado, quando o Juiz tiver chegado, para tudo examinar!
Correrão todos ao trono quando, em meio ao eterno sono, a trombeta ressoar.
Morte e mundo se espantam, criaturas se levantam e ao Juiz responderão.
Vai um livro ser trazido, no qual tudo está contido, onde o mundo está julgado.
Quando Cristo Se sentar, o escondido vai brilhar, nada vai ficar impune.
Eu, tão pobre, que farei? Que patrono chamarei? Nem o justo está seguro.
Rei tremendo em majestade, que salvais só por piedade, me salvai, fonte de graça.
Recordai, ó bom Jesus, que por mim fostes à Cruz, nesse dia me guardai.
A buscar-me, Vos cansastes, pela Cruz me resgatastes, tanta dor não seja vã.
Juiz justo no castigo, sede bom para comigo, perdoai-me nesse dia.
Pela culpa, se enrubesce o meu rosto; ouvi a prece e poupai-me, justo Deus.
A Maria perdoando e ao ladrão, na Cruz, salvando, Vós me destes esperança.
Meu pedido não é digno, mas, Senhor, Vós sois benigno, não me queime o fogo eterno.
No rebanho dai-me abrigo, arrancai-me do inimigo, colocai-me à vossa destra.
Quando forem os malditos para o fogo eterno, aflitos, entre os vossos acolhei-me.
Dum espírito contrito escutai, Senhor, o grito: tomai conta do meu fim.
Lacrimoso aquele dia, quando em meio à cinza fria levantar-se o homem réu. Libertai-o, Deus do Céu!
Piedoso Senhor Jesus, dai-lhes o descanso eterno. Amém.1
Por Diácono Dr. Thiago de Oliveira Geraldo, EP
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Notas:
1 Texto latino retirado da Missa de Requiem, Missal Romano de 1962. Texto em português retirado dos Hinos do Ofício das Leituras, Laudes e Vésperas da 34ª Semana do Tempo Comum (COMISSÃO EPISCOPAL DE TEXTOS LITÚRGICOS. Liturgia das Horas. Petrópolis: Ave-Maria; Paulinas; Paulus; Vozes, 1999, v.IV, p.511-513), exceto o último versículo, que não consta nestes hinos.
2 SANTO AGOSTINHO. In I Epist. Ioannis, tr. 2, 11, apud SALGUERO, OP, José. Biblia Comentada. Epístolas católicas. Apocalipsis. Madrid: BAC, 1965, v.VII, p.208.
3 SÃO GREGÓRIO MAGNO. La regla pastoral, 3, 11, apud FERREIRO, Alberto; ODEN, Thomas C. (Ed.). La Biblia comentada por los Padres de la Iglesia. Los doce profetas. Madrid: Ciudad Nueva, 2007, v.XVI, p.270.
4 SÃO CIRILO DE ALEXANDRIA. Comentario a Sofonías, 3, 14, apud FERREIRO; ODEN, op. cit., p.278.
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