Mensagem do Papa no Bicentenário de Independência da Argentina
Cidade do Vaticano (Sexta-feira, 08/07/2016, Gaudium Press) – Tendo em vista as comemorações do Bicentenário de Independência da Argentina que será celebrado neste sábado, 9 de julho, o Papa Francisco enviou hoje uma carta ao Presidente da Conferência Episcopal Argentina, Dom José Maria Arancedo.
A missiva serviu para o Pontífice cumprimentar os bispos, autoridades civis e todo povo argentino:
“Desejo que esta celebração nos torne mais fortes no caminho empreendido por nossos antepassados duzentos anos atrás. Com estes votos, manifesto a todos os argentinos a minha proximidade e a certeza das minhas orações”.
O Santo Padre sublinha que deseja estar próximo aos que mais sofrem:
“os doentes, os que vivem na indigência, os encarcerados, os que se sentem sozinhos, os desempregados e os que passam por todo tipo de necessidade, os que são e foram vítimas do tráfico de pessoas e da exploração, os menores vítimas de abuso e dos muitos jovens que sofrem por causa do flagelo da droga. Todas essas pessoas suportam o grave peso de situações, muitas vezes no limite. São os filhos mais provados da Pátria”.
“Celebramos duzentos anos de caminho de uma Pátria que, em seus desejos de fraternidade, se projeta além dos limites do país: Que o Senhor a proteja, a torne mais forte, mais fraterna e a defenda de todo tipo de colonização”, disse Francisco.
O Pontífice continua em sua mensagem:
“Baseando nestes duzentos anos, devemos continuar caminhando, olhando adiante. Para conseguir isso, penso de modo particular nos idosos e jovens, e sinto a necessidade de pedir-lhes ajuda para continuar a percorrer o nosso caminho. Aos idosos, que têm uma boa memória da história, peço para que, superando esta “cultura do desperdício” que no âmbito mundial nos é imposto, tenham a coragem de sonhar. Precisamos de seus sonhos, fonte de inspiração. Aos jovens peço para não aposentarem a sua existência na burocrática imobilidade em que são colocadas de lado muitas propostas, carentes de ilusões e heroísmo.”
Antes de concluir, e pedir a Deus para que abençoe a Argentina e à Virgem de Luján para que proteja o seu caminho, o Papa disse:
“Estou convencido de que a nossa Pátria precisa tornar viva a profecia de Joel. Somente se os nossos avós tiverem a coragem de sonhar e os nossos jovens de profetizar grandes coisas, a Pátria poderá ser livre. Precisamos de avós sonhadores que incentivem e de jovens que, inspirados por estes sonhos, corram adiante com a criatividade da profecia.” (JSG)
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