Museu de Fátima completa 60 anos e o celebra com entradas gratuitas
Fátima – Portugal (Quinta-feira, 20-08-2015, Gaudium Press) O Museu de Fátima, localizado no Santuário construído no lugar das célebres aparições em Portugal, comemorou os 60 anos do decreto episcopal que o criou, por disposição de Dom José Alves Correia da Silva, Bispo de Leiria. Para celebrar este aniversário, o Reitor do Santuário, Padre Carlos Cabecinhas, permitiu a entrada gratuita dos fiéis à Casa-Museu de Aljustrel e à exposição Fátima Luz e Paz no dia 13 de agosto.
Segundo explicou Marco Daniel Duarte, Diretor do Museu do Santuário de Fátima, esta instituição foi criada para preservar viva a memória de fatos que começavam a ser remotos, para preservar “não apenas os testemunhos materiais que se referiam aos videntes e aos restantes protagonistas da história de Fátima, mas também os que faziam memória do Santuário e de seus peregrinos”. O Museu leva a Mensagem de Fátima a três públicos principais, explicou: o dos peregrinos que desejam conhecer mais, o dos visitantes por outros motivos a Cova da Iria e ao do mundo acadêmico. “O Museu do Santuário tem sido, assim, lugar de inequívoca transmissão e vivência da Mensagem de Fátima e, assim, da Cultura que resulta dessa Mensagem”, acrescentou.
A Mensagem chega mais distante através da beleza
A coleção do Museu é única e tem um alto valor simbólico porque suas peças não foram buscadas e adquiridas no mercado. “A coleção foi se constituindo através de oferendas dos peregrinos e elas refletem sua relação personalíssima com a Mãe de Deus que tem por mediadora”, comentou o Diretor. “Há, obviamente, peças mais emblemáticas: todas as que se relacionam com os videntes de Fátima e com a história do Santuário e, assim, do impacto de Fátima no mundo. A coroa preciosa da Imagem de Nossa Senhora de Fátima, as diferentes oferendas dos Papas, desde as rosas de ouro até os outros objetos que aqui mostram a importância de Fátima para a Igreja universal são peças importantíssimas”. No entanto, destacou o grande valor das peças anônimas e supostamente de pouca valia, como o poderia ser as lentes de um peregrino a quem a Santíssima Virgem restituiu sua visão e que ficaram no Santuário como testemunho do milagre ou as anotações devotas de uma criança que se encomenda à Mãe de Deus.
Sobre o desenvolvimento atual do Museu, Duarte explicou que se avança na dimensão comunicativa do mesmo, levando a Mensagem de Fátima a mais pessoas. Nas palavras do especialista, esta Mensagem “chega muito longe quando o suporte é artístico ou fala do belo” e isto tem dado lugar a iniciativas com grande êxito. “As exposições temporais se revelaram como uma prova cabal de que é possível transmitir a mensagem específica do lugar através de uma museografia atual”, afirmou, indicando que o número de visitantes tem aumentado notavelmente até chegar a quase 62 mil no ano anterior.
“O grande desafio para o futuro será o de levar estes conteúdos cada vez mais distante e a mais pessoas, pois a linguagem dos museus é -assim o queremos- verdadeiramente universal, como universal é, por definição, a mensagem de Cristo e de sua Igreja e a específica mensagem fixada a partir das aparições de Fátima”, concluiu. (GPE/EPC)
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