Curso sobre Exorcismo é promovido em Roma
Roma – Itália (Sexta-feira, 02-05-2014, Gaudium Press) Longe de ser uma prática do passado, o ministério do Exorcismo desperta cada vez mais interesse na vida da Igreja. Uma mostra disso é a exitosa convocatória a um curso teórico e prático sobre Exorcismo e oração de libertação, que ocorrerá no Ateneo Pontifício Regina Apostolorum de Roma, no próximo dia 5 de maio. Em sua nona edição, o ciclo formativo terá a participação de 170 pessoas entre sacerdotes, diáconos, religiosos e leigos provenientes de mais de 33 países. O programa conta com o patrocínio da Congregação para o Clero e o apoio da Associação Internacional de Exorcistas e a Fundação Dignitatis Humanae.
“O interesse é grande e crescente. De fato, o curso tem tido um êxito além das expectativas”, descreveu o Secretário do Grupo de Investigação e Informação Socio-Religiosa, organização que junto ao Instituto Sacerdotes da Regina Apostolorum organiza o curso, a agência Zenit, para os experts, na crescente secularização da cultura e diante da sedução do oculto, existem pessoas que “lançam a religião fora da porta e deixam entrar pela janela a superstição e a irracionalidade”. Nesta exploração, a pessoa “não toma as medidas necessárias e razoáveis para evitar ser vencido” e fica em situações nas quais desconhece como responder adequadamente.
Uma visão integral do problema
Segundo Ferrari, o objetivo do curso é oferecer elementos de diversas disciplinas para se ter uma visão de conjunto sobre o tema, que abarca as dimensões espiritual, psicológica, antropológica, legal, entre outras. Alguns aspectos analisados incluem o esoterismo, a magia, o ocultismo, o espiritismo e o satanismo. Estes elementos fazem parte de “um ‘mundo paralelo’ que, aos poucos, não são levados à sério e que na realidade existe e involucra muito mais pessoas do que imaginamos”, explicou o expert.
O curso, inicialmente aberto a sacerdotes, diáconos e religiosos, começou a ser ministrado também para os leigos. “Entre os leigos que se inscrevem encontramos principalmente médicos, enfermeiros, psicólogos, advogados, professores e membros das forças de segurança”, relatou Ferrari. Esta formação significará uma contribuição em outros aspectos, como o do respeito à liberdade religiosa (em um tema no qual se destaca uma descrença generalizada) ou a prevenção das atividades de grupos satânicos.
Apesar de ser um curso dedicado ao tema do Exorcismo e a libertação, o especialista explicou que o programa não pretende oferecer um título de “exorcista”. “Para exercer o ministério do exorcismo não há nenhuma obrigação de ter realizado o curso, mas ter recebido o cargo pelo próprio Bispo”, esclareceu. A ideia é, na realidade treinar as pessoas que estão em contato com tantas outras para que aprendam “a escutar e entender os seus problemas e sofrimentos, que não são apenas físicos, mas morais e muitas vezes espirituais e existenciais”. (GPE/EPC)
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