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Na festa de Guadalupe Papa destaca Nossa Senhora como pedagoga do Evangelho

Cidade do Vaticano (Quarta-feira, 12-12-2018, Gaudium Press) Na tarde desta quarta-feira, 12 de dezembro, festa de Nossa Senhora de Guadalupe, padroeira da América Latina e Imperadora de todo o Continente Americano, o Papa Francisco presidiu uma Santa Missa na Basílica de São Pedro, Vaticano.

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A celebração contou com a participação de diversos Cardeais, Bispos e Arcebispos, além de cerca de 550 sacerdotes, colaboradores do Pontífice na Cúria Romana, entre os quais o Cardeal brasileiro João Braz de Aviz.

Em sua homilia, Francisco destacou o papel de Nossa Senhora como ‘pedagoga do Evangelho’, baseando-se em duas palavras contidas no Evangelho do dia, que narra a reação de Nossa Senhora após a anunciação do anjo Gabriel: caminhou e cantou.

“Maria nos ensina que, na arte da missão e da esperança, não são necessárias tantas palavras nem programas, seu método é muito simples: caminhou e cantou o Magnificat, através do qual Nossa Senhora se torna a primeira pedagoga do Evangelho, nos recordando as promessas feitas a nossos pais e nos convidando a cantar a misericórdia do Senhor”, disse o Pontífice.

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Sobre o verbo caminhar, o Santo Padre explicou que Nossa Senhora “caminhou ao Tepeyac para acompanhar Juan Diego e continua caminhando no Continente quando, por meio de uma imagem ou estampa, de uma vela ou de uma medalha, de um Terço ou Ave-Maria, entra numa casa, na cela de um cárcere, na sala de um hospital, num albergue de anciãos, numa escola, numa clínica de reabilitação… para dizer: ‘Não estou eu aqui, que sou tua mãe?'”.

O Papa Francisco frisou que Nossa Senhora caminha carregando a alegria de quem canta as maravilhas que Deus realizou com a pequenez de sua serva, e que “na escola de Maria aprendemos que sua vida está marcada não pelo protagonismo, mas pela capacidade de fazer com que os outros sejam protagonistas. Brinda a coragem, ensina a falar e, sobretudo, anima a viver a audácia da Fé e da Esperança”.

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“Assim o fez com o indiozinho Juan Diego e com tantos outros que, saindo do anonimato, lhes deu voz, fez conhecer seu rosto e história e os fez protagonistas desta, nossa história de salvação. O Senhor não busca o aplauso egoísta ou a admiração mundana. Sua glória está em fazer seus filhos protagonistas da criação. Com coração de mãe, ela busca levantar e dignificar todos aqueles que, por diferentes razões e circunstâncias, foram imersos no abandono e no esquecimento”, expressou o Santo Padre.

Segundo o Pontífice, na escola de Maria “aprendemos o protagonismo que não precisa humilhar, maltratar, desprestigiar ou zombar dos outros para sentir-se valioso ou importante; que não recorre à violência física ou psicológica para sentir-se seguro ou protegido. É o protagonismo que não tem medo da ternura e da carícia, e que sabe que seu melhor rosto é o serviço”.

Em sua escola “aprendemos autêntico protagonismo, dignificar todo aquele que está caído e fazê-lo com a força onipotente do amor divino, que é a força irresistível de sua promessa de misericórdia”, destacou Francisco.

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Concluindo sua homilia, o Santo Padre ressaltou que “em Maria, o Senhor desmente a tentação de dar destaque à força da intimidação e do poder, ao grito do mais forte ou do fazer-se valer baseado na mentira e na manipulação. Com Maria, o Senhor protege os acreditam para que não se lhes endureça o coração e possam conhecer constantemente a renovada e renovadora força da solidariedade, capaz de escutar a batida de Deus no coração dos homens e mulheres de nossos povos”. (EPC)

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