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Revitalizando o Cântico Gregoriano

São Paulo (Segunda-feira, 14-05-2012, Gaudium Press) O gregoriano nasceu na aurora da Idade Média com a compilação de alguns hinos usados pela cristandade primitiva e por ordem do Papa São Gregório Magno (590-604). Essa coletânea de cânticos eclesiásticos passou para a História com o nome de canto “gregoriano” em homenagem ao virtuoso Pontífice.

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Concílio e Papas

Passados tantos séculos do seu surgimento, o Concílio Vaticano II definiu o gregoriano “como o canto próprio da liturgia romana”, destinado na ação litúrgica ao “primeiro lugar” (Sacrosanctum Concilium, 116). Em razão disso os padres conciliares procuraram estimular os fieis a “cultivar com sumo cuidado o tesouro da música sacra” recomendando de maneira ingente a formação de schola cantorum “nos Seminários, noviciados e casas de estudo de religiosos de ambos os sexos, bem como em outros institutos e escolas católicas” (Idem, 114-115).

Anos mais tarde, o Papa João Paulo II reafirmou essa primazia do gregoriano: “no tocante às composições musicais litúrgicas, faço minha a ‘regra geral’ formulada por São Pio X nestes termos: ‘Uma composição religiosa é tanto mais sagrada e litúrgica quanto mais se aproxima – no andamento, na inspiração e no sabor – da melodia gregoriana; e é tanto menos digna do templo quanto mais se distancia desse modelo supremo” (Quirógrafo de João Paulo II sobre a Música Litúrgica, 12).

Santo Agostinho

Testemunha do relevante papel que a música sacra tem na vida espiritual dos católicos desde os primeiros tempos do cristianismo, Santo Agostinho em uma de suas mais célebres obras, as Confissões, afirmou que o contato com as piedosas melodias litúrgicas das cerimônias presididas por Santo Ambrósio, o ajudaram a encontrar o caminho da Verdade: “Quanto chorei ouvindo vossos hinos, vossos cânticos, os acentos suaves que ecoavam em vossa Igreja! Que emoção me causavam! Fluíam em meu ouvido, destilando a verdade em meu coração. Um grande impulso de piedade me elevava, as lágrimas corriam-me pela face, e me sentia plenamente feliz” (Confessionum, 9, 6: PL 769,14.).

Admiração

Movidos pela admiração para com o cântico oficial da liturgia católica os Arautos do Evangelho procuram divulgar no Brasil este inestimável tesouro litúrgico. Por isso publicaram uma obra que reúne os mais belos cânticos gregorianos, desejando que favorecer com que essas melodias sacras ressoem nos templos da Terra da Santa Cruz para o bem espiritual dos fieis e a glorificação de Jesus Eucarístico, conforme as recentes orientações litúrgicas dadas pelo Papa Bento XVI: “Na arte da celebração, ocupa lugar de destaque o canto litúrgico. […] Enquanto elemento litúrgico, o canto deve integrar-se na forma própria da celebração; consequentemente, tudo – no texto, na melodia, na execução – deve corresponder ao sentido do mistério celebrado, às várias partes do rito e aos diferentes tempos litúrgicos. Enfim, embora tendo em conta as distintas orientações e as diferentes e amplamente louváveis tradições, desejo – como foi pedido pelos padres sinodais – que se valorize adequadamente o canto gregoriano, como canto próprio da liturgia romana” (Sacramentum Caritatis, 42).

O livro

O livro contem 282 páginas e foi recentemente publicado em São Paulo pela Editora Lumen Sapientiae. Os interessados em conhecer esta obra podem fazer seus pedidos por carta (Rua Dom Domingos de Sillos, n° 238 – CEP: 02526-030 – São Paulo -SP), por telefone ( (11) 4419-2311) ou pelo e. mail: [email protected].

 

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