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Congregação das Causas dos Santos promulga novos decretos

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Madre Assunta Marchetti

Cidade do Vaticano (Terça-feira, 20-12-2011, Gaudium Press) O Prefeito da Congregação das Causas dos Santos, Cardeal Angelo Amato, foi recebido em audiência privada pelo Papa Bento XVI nesta segunda-feira. Durante a reunião, o Pontífice autorizou o dicastério a promulgar 24 decretos de milagres, martírios e virtudes heróicas.

Novos milagres foram atribuídos aos beatos italianos Giovanni Battista Piamarta e Giacomo Berthieu, à beata espanhola Maria del Monte Carmelo, à beata alemã Marianna, à beata estadunidense e leiga Caterina Tekakwitha, ao beato filipino e leigo Pietro Calungsod, à beata alemã e leiga Anna Schaffer; e aos veneráveis Luigi Brisson, francês, Luigi Novarese, italiano, às veneráveis Maria Luisa, italiana, Madre de San Luigi, francesa, Maria Crescenzia, argentina.

Os martírios reconhecidos foram dos servos de Deus, Nicola Rusca, suíço, Luigi Orenzio e 18 companheiros, Antonio Salamento, Giuseppe Labayen, leigo, assassinados na onda de ódio contra a Fé nos limites da Arquidiocese de Madri, em 1936.

Também foram reconhecidos o martírio dos espanhóis Mariano Alcalá Perez e 18 companheiros que foram mortos na onda de violência contra a Fé que se abateu na Espanha entre os anos de 1936 e 1937.

O Vaticano também reconheceu as virtudes heróicas de Donato Giannotti, italiano, morto em Santa Maria Vetere em 1914; de Maria Eugenio del Bambino Gesù, francês morto em março de 1967; de Alfonsa Maria, francesa, morta em 1867; de Margherita Szewczyk, ucraniana, morta na Polônia em 1905; de Assunta Marchetti, italiana morta em São Paulo em 1948; de Maria Julitta, alemã morta em 1966 em Würzburg e, por fim, a leiga Maria Anna Amico Roxas, italiana morta em 1947.

Madre Assunta Marchetti

Madre Assunta Marchetti nasceu em Lombrici de Camaiore, Itália, no dia 15 de agosto de 1871. Desde jovem, anelava a uma vida de total dedicação e doação a Deus. Não obstante isso, as tarefas domésticas, a doença da mãe e a morte prematura do pai impediram-na de realizar imediatamente suas aspirações.

Em 1895, aceitou o pedido do irmão, Padre José Marchetti, para segui-lo em sua missão no Brasil, para cuidar dos órfãos dos emigrantes italianos. Seguiu sua vocação e, junto com a mãe e outras duas jovens, foi apresentada a Dom Scalabrini, constituindo as “Servas dos Órfãos e Abandonados”.  

Para a Madre Assunta, Jesus estava presente nos pobres, nos órfãos, nos doentes, nos migrantes. Ficou feliz de ser chamada “à honra do apostolado”, ao serviço da caridade entre os mais abandonados. Dedicou sua juventude aos pequeninos, tornando-se mãe daqueles que se tinham tornado órfãos; desejava, em seu coração, concluir seus dias terrenos em companhia de seus prediletos, os pequenos órfãos.

As Irmãs Missionárias Scalabrinianas consideram-na uma marco e um modelo de incansável missionariedade e corajosa dedicação no serviço da caridade.

Uma ferida grave na perna, provocada durante a visita a um doente, causou-lhe longos anos de sofrimento. Morreu, no Orfanato de São Paulo, Brasil, em 1 de julho de 1948.

O processo diocesano para a beatificação de Madre Assunta Marchetti foi concluído em 25 de outubro de 1991, em São Paulo. (L)

 

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