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Primeira encíclica de João Paulo II, Redemptor hominis, completa 30 anos

Cidade do Vaticano (Sexta, 06-03-2009, Gaudium Press) A primeira encíclica escrita pelo papa João Paulo II, “Redemptor hominis”, completou esta semana 30 anos de existência. Em 4 de março de 1979, João Paulo II assinou o documento, uma intensa sobre a questão da redenção do homem por Cristo, que, para muitos, ainda conserva, uma importante dimensão profética.

“O redentor do homem, Jesus Cristo, é o núcleo do cosmo e da história”. Assim se inicia a encíclica do papa Wotjyla, uma ode a Deus que, ao se encarnar, “une-se a cada homem, porque todo homem, sem nenhuma exceção, foi redimido por Cristo, ainda que não seja consciente disso”. Por isso, o homem, escreve João Paulo II, “é o primeiro e fundamental caminho da Igreja”, que “deseja servir a este único fim: que cada um possa reencontrar Cristo”.

No texto, o predecessor de Bento XVI afirma que o amor é condição sinequanon para guiar as ações humanas. “O homem não pode viver sem amor. Ele permanece por si mesmo um ser incompreensível, a sua vida é privada de sentido, se não lhe é revelado o amor, se não se encontra com o amor, se não o experimenta e não o faz próprio dele”.

João Paulo II diz ainda que a Igreja deve ter como principal norte anunciar a mensagem de Deus, e não se envolver em questões de interesses particulares. “A Igreja, ainda que com todas as limitações, anuncia esta verdade que não provém dos homens, mas de Deus. Ela de nenhuma maneira se confunde com a comunidade política e não está ligada a nenhum sistema político. Mas tampouco pode permanecer insensível a tudo o que serve para o verdadeiro bem do homem nem ficar indiferente àquilo que o ameaça”

O texto aborda ainda a questão da poluição, das guerras, das armas atômicas, das injustiças, da fome e “da falta de respeito pela vida dos não-nascidos”. João Paulo II pede que o progresso traga “uma vida mais humana sobre a terra e um homem melhor, isto é, mais maduro espiritualmente, mais consciente da dignidade da sua humanidade, mais responsável, mais aberto aos outros, em particular aos mais necessitados e mais frágeis”.

A Encíclica se conclui “com um caloroso e humilde convite à oração”: “Eu espero que graças a tais orações possamos receber o Espírito Santo que desce sobre nós e tornemo-nos deste modo testemunhas de Cristo até as mais remotas fronteiras da Terra”.

 

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