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Sacerdote que permaneceu sequestrado por 18 meses publica autobiografia

Índia – Bombaim (Terça-feira, 26-11-2019, Gaudium Press) O Padre Tom Uzhunnalil, religioso salesiano que permaneceu sequestrado durante 18 meses no Iêmen nas mãos de um grupo terrorista jihadista, apresentou no dia 23 de novembro seu livro autobiográfico ‘By the Grace of God’ (Pela Graça de Deus). Na obra, o sacerdote compartilha seu testemunho de Fé diante da provação de perder sua liberdade.

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A apresentação do livro foi realizada no templo de Santo André em Bandra, Bombaim, em um evento organizado pelo grupo juvenil ‘Andrean Youth Movement’. Na Eucaristia, o presbítero orou por seu Arcebispo, o Cardeal Oswald Gracias, e comemorou a solenidade de Cristo Rei. Ao final da celebração, compartilhou com os presentes a experiência de seu rapto e a permanência em poder dos terroristas, assim como sua impressão sobre o assassinato das quatro religiosas e outras 12 pessoas no atentado durante o qual perdeu a liberdade.

Apesar de seus sofrimentos no cativeiro, o sacerdote teve como principal preocupação o bem estar das Missionárias da Caridade. “Ficaram sem sacramento desde 2016”, relatou o presbítero, segundo informou a agência ‘AsiaNews’. “Eu era o último sacerdote no Iêmen”. O Padre Uzhunnalil permaneceu em cativeiro durante 557 dias.

“O perdão é uma arma eficaz para orar por aqueles que nos fazem o mal. Se você não os perdoar, os torturará”, relatou o presbítero. “Também eu durante meu encarceramento rezei por meus raptores, rezei para que Deus pudesse abençoá-los mudando seu coração. Repetia aos poucos: ‘Deus perdoai-os’. Não julguem. Quando verem as notícias, rezem. Não acreditem em qualquer coisa, rezem pela paz em seus corações”.

Entre as experiências compartilhadas pelo religioso em sua apresentação se encontra uma resposta recebida às suas orações nas quais perguntava a Deus sobre o destino final das religiosas que deram sua vida no atentado. “O heróico e trágico martírio das religiosas me perturbava. Um dia algo me levou a rezar para que Deus nos desse a chuva como sinal do Paraíso como sinal de que as Irmãs estivessem gozando de sua visão beatífica”, narrou o Padre Uzhunnalil. “Crendo ou não, mas aquela noite houve realmente uma violenta tempestade”.

“Estou convencido que minha libertação foi o fruto das orações de milhões de pessoas em todo o mundo, em particular as orações e os sacrifícios de meus compatriotas”, concluiu o sacerdote. “Lhes agradeço do mais profundo do meu coração. Possa o Senhor abençoá-los em abundância e os recompense com o melhor como Ele sabe”. (EPC)

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