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A Salvação exige esforço, perseverança na fé e é para todos, diz Papa, no Angelus

Cidade do Vaticano (Segunda-feira, 26-08-2019, Gaudium Press) Antes de iniciar a Oração do Angelus que o Papa costuma rezar nos domingos com os fiéis reunidos na Praça São Pedro, no Vaticano, Francisco comentou trechos do Evangelho de São Lucas (13,22-30) proposto para a liturgia do XXI domingo do tempo comum.

A Salvação exige esforço, perseverança na fé e é para todos, diz Papa, no Angelus-Foto Vatican News.jpg

O Papa recordou que São Lucas “apresenta Jesus que passa ensinando pelas cidades e povoados, até Jerusalém, onde sabe que deve morrer na cruz para a salvação de todos os homens”.

Alguém do meio de seus ouvintes perguntou ao Senhor se era verdade que poucos se salvariam.

O assunto era candente na época e a resposta de Jesus foi um convite Jesus ao seu interlocutor. Jesus convidou-o “a usar bem o tempo presente” e fazendo “todo esforço possível para entrar pela porta estreita”.

O Papa explica que “com essas palavras, Jesus mostra que não é questão de número, não existe o “número fechado” no Paraíso! Mas se trata de atravessar, desde já, a passagem certa, e essa passagem certa é para todos, mas é estreita. “

Francisco continuou comentando “Esse é o problema. Jesus não quer nos iludir, dizendo: ‘Sim, fiquem tranquilos, é fácil, existe uma bonita estrada e, lá no final, um grande portão…'”.

Mas Jesus “não fala isso: nos fala da porta estreita. Nos diz as coisas como são: a passagem é estreita.

E o Pontífice perguntou: “Em que sentido? No sentido que, para se salvar, é preciso amar a Deus e ao próximo, e isso não é confortável! É uma “porta estreita” porque é exigente, o amor é exigente sempre, requer empenho, ou melhor, “esforço”, isto é, uma vontade decidida e perseverante de viver segundo o Evangelho. São Paulo chama isso de “o bom combate da fé” (1Tm 6,12).
É preciso o esforço de todos os dias, de cada dia para mar Deus e o próximo.”

O Senhor nos reconhece pela vida humilde, boa, de fé, de obras

Francisco destacou que Jesus usa de uma parábola para explicar melhor seu pensamento e nela o Senhor insiste na necessidade de se fazer o bem nesta vida, independente do que a pessoa seja:

” O Senhor vai nos reconhecer não pelos nossos títulos. ‘Mas olha, Senhor, que eu participava daquela associação, que eu era amigo de tal monsenhor, de tal cardeal, de tal padre…’. Não, os títulos não contam, não contam. O Senhor vai nos reconhecer somente por uma vida humilde, uma vida boa, uma vida de fé que se traduz nas obras. “

Caminho percorrido todos os dias

Continuou o Pontífice indicando um caminho diário:
“Para nós, cristãos, isso significa que somos chamados a instaurar uma verdadeira comunhão com Jesus, rezando, indo na igreja, nos aproximando dos Sacramentos e nos nutrindo da sua Palavra. Isso nos mantêm na fé, nutre a nossa esperança, reaviva a caridade. E, assim, com a graça de Deus, podemos e devemos dedicar a nossa vida pelo bem dos irmãos, lutar contra qualquer forma de mal e de injustiça.”

A Porta do Céu

Para encerrar suas palavras, o Papa indicou a primeira pessoa que pode nos ajudar a dedicarmos ao Bem: bem é a Nossa Senhora.

“Ela atravessou a porta estreita que é Jesus, o acolheu com todo o coração e o seguiu todo todos os dias da sua vida, inclusive quando não entendia, inclusive quando uma espada perfurava a sua alma. Por isso a invocamos como “Porta do céu”:

Maria, Porta do céu; uma porta que reflete exatamente a forma de Jesus: a porta do coração de Deus, coração exigente, mas aberto a todos nós.” (JSG)

 

(Da Redação Gaudium Press, com informações Vatican News)

 

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