São Domingos de Gusmão e a Ordem dos Pregadores
Redação (Quinta-feira, 08-08-2019, Gaudium Press) Domingos de Gusmão nasceu em 24 de junho de 1170, na pequena vila de Caleruega, na Velha Castela, atual Espanha.
Berço nobre, abastado, abençoado
Pertencia a uma ilustre e nobre família, abastada e muito católica. Seus pais foram Félix de Gusmão e Joana d’Aza e tinha como irmãos Antônio e Manes.
Antônio tornou-se sacerdote e morreu com odor de santidade. Manes, junto com a mãe, foi beatificado pela Igreja.
Nesse berço exemplar, o pequeno Domingos trilhou o mesmo caminho de servir a Deus.
Até mesmo o seu nome foi escolhido para homenagear São Domingos de Silos, porque sua mãe, antes de Domingos nascer, fez uma novena no santuário do santo abade.
E, como conta a tradição, no sétimo dia ele lhe teria aparecido para anunciar que seu futuro filho seria um santo para a Igreja Católica.
Jovem de Grande Cultura e Caridade
Domingos dedicou-se aos estudos, tornando-se uma pessoa muito culta. Mas nunca deixou a caridade de lado.
Em Calência, cidade onde se diplomou, surpreendeu a todos ao vender os objetos de seu quarto, inclusive os pergaminhos caros usados nos estudos, para ter um pequeno “fundo” e com ele alimentar os pobres e doentes.
Sacerdote aos 24 anos
Aos vinte e quatro anos, sentindo o chamado, recebeu a ordenação sacerdotal.
Foi enviado para a diocese de Osma, onde se distinguiu pela competência e inteligência. Logo foi convidado para auxiliar o rei Afonso VII nos trabalhos diplomáticos do seu governo e também para representar a Santa Sé, em algumas de suas difíceis missões.
O Papa o envia para lutar contra os albigenses
Na Idade Média, período em que ele viveu, surgiu no sul da França, a heresia dos albigenses, ou cátaros.
O Papa Inocêncio III enviou para lá Domingos e seu Diego de Aceber a fim de combater os católicos reencarnacionistas.
Devido à morte repentina de Diego, Domingos teve de enfrentar a missão francesa sozinho. E ele cumpriu sua missão com muita eficiência, usava com armas apenas o seu exemplo de vida e a pregação da verdadeira Palavra de Deus.
Durante essa sua missão cresceu enormemente na Devoção a Nossa Senhora e foi a ele que a Santíssima Virgem apresentou o Santo Rosário que passou a ser sua mais eficiente arma contra a heresia dos albigenses, também conhecidos como cátaros.
Mosteiro Feminino e “Irmãos Pregadores”
Em 1207, em Santa Maria de Prouille, Domingos fundou o primeiro mosteiro da Ordem Segunda, das monjas, destinado às jovens que, devido à carestia, estavam condenadas à vida do pecado.
A santidade de Domingos ganhava cada vez mais fama, atraindo as pessoas que desejavam seguir o seu modelo de apostolado.
Foi assim que surgiu o pequeno grupo chamado “Irmãos Pregadores”, do qual fazia parte o seu irmão de sangue, o Bem-aventurado Manes.
A Ordem dos Pregadores
Em 1215, a partir dessa irmandade, Domingos decidiu fundar uma Ordem, oferecendo uma nova proposta de evangelização cristã e vida apostólica.
Ela foi apresentada ao Papa Inocêncio III, que, no mesmo ano, durante o IV Concílio de Latrão, concedeu a primeira aprovação.
No ano seguinte, o Papa Honório III, emitiu a aprovação definitiva, dando-lhe o nome de Ordem dos Frades Predicadores, ou Dominicanos que passaram a ser conhecidos como homens sábios, pobres e austeros, tendo como características essenciais a ciência, a piedade e a pregação.
Juventude Acadêmica
Em 1217, para atrair a juventude acadêmica para dentro do clero, como fundador, Domingos determinou que as Casas da Ordem fossem criadas nas principais cidades universitárias da Europa, que na época eram Bolonha e Paris.
Ele fixou-se na Casa de Bolonha, na Itália, onde dedicou-se ao esplêndido desenvolvimento da sua obra, presidindo, entre 1220 e 1221 os dois primeiros capítulos gerais, destinados à redação final da “carta magna” da Ordem.
Falece aos 50 anos
No dia 8 de agosto de 1221, com apenas cinqüenta e um anos de idade, ele morreu. Foi canonizado pelo Papa Gregório IX, que lhe dedicava especial estima e amizade, em 1234.
São Domingos de Gusmão foi sepultado na catedral de Bolonha e é venerado, no dia de sua morte, como Padroeiro Perpétuo e Defensor dessa cidade.
Por Irmão Jurandir Bastos, EP
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