Gaudium news > Governo chinês elimina referências religiosas de famosas obras literárias

Governo chinês elimina referências religiosas de famosas obras literárias

China – Pequim (Terça-feira, 06-08-2019, Gaudium Press) A campanha de eliminação das manifestações religiosas na China chegou a alterar numerosas peças de literatura reconhecidas como obras mestras da literatura universal. Livros como Robinson Crusoé de Daniel Defoe ou Vanka de Anton Chekhov, foram cuidadosamente editados para “extirpar” as referências à cultura cristã na qual se desenvolvem as histórias.

Governo chinês elimina referências religiosas de famosas obras literárias.jpg

O Ministério da Educação chinês, através das Editoras para a Educação do Povo, lançou um livro para estudantes do quinto ano que apresenta histórias de autores chineses e internacionais. Na publicação, a história “A Pequena Vendedora de Fósforos” de Hans Christian Andersen, foi alterada para evitar a menção de Deus. “Quando cai uma estrela, uma alma se vai para estar com Deus”, diz o texto original. Na versão chinesa, a frase diz “Quando cai uma estrela, uma pessoa deixa este mundo”.

Robinson Crusoé, o célebre náufrago de Daniel Defoe, não resgata três exemplares das Sagradas Escrituras dos restos do naufrágio, como descreve o livro. Em seu lugar, consegue salvar “alguns livros” dos quais não se oferecem outros detalhes. No relato Vanka, de Anton Chejov, se suprimiu uma oração feita pelo protagonista da história e a palavra Cristo, incluída no texto original.

Outros livros, cujas histórias se desenvolvem em ambientes visivelmente religiosos como “Notre Dame de Paris” de Victor Hugo, “O Conde de Montecristo” de Alexandre Dumas ou “Ressurreição” de Tolstói, chegam a ser confiscados pelos professores. Estas políticas são implementadas sob o princípio de “sinização” ou adaptação à cultura chinesa imposto pelas autoridades comunistas. (EPC)

Deixe seu comentário

Notícias Relacionadas