Santuário de Ars: onde se respira o odor da santidade do Padroeiro dos Párocos
Ars – França (Quinta-feira, 01-08-2019, Gaudium Press) “Se eu fosse padre, queria conquistar muitas almas”, este desejo foi expresso por São João Maria Vianney quando ainda tinha 17 anos e sentiu-se chamado para o sacerdócio.
Atingir esse desejo não seria fácil, sobretudo pelos seus poucos conhecimentos no campo da cultura.
Mas, a ajuda que lhe foi oferecida por alguns sacerdotes, entre os quais o Abbé Balley, pároco de Écully, recebeu a ordenação sacerdotal, em 13 de agosto de 1815, aos 29 anos.
No Santurio do Cura d’Ars: Festa a 04 de agosto
E, agora, a Igreja festeja o sacerdote de Arns, na França, como padroeiro dos párocos. Sua festa será comemorada pela Igreja no próximo domingo, 4 de agosto.
E o Santuário a ele dedicado na França, prepara-se para uma grande comemoração desde o dia 17 de julho. Muitos jovens voluntários ajudam a acolher os milhares de fiéis que peregrinam a Arns, situada na região francesa de Auvergne Rhône-Alpes.
A programação para os dias da festa tem início na tarde de sábado, às 15h30, com a palestra do cardeal Luís Antônio Tagle sobre o tema “Deixar-se renovar pela caridade de Cristo”.
Às 17 horas será celebrada uma Missa pelas vocações. Mais tarde, terá lugar a “Noite da Misericórdia”, com Adoração ao Santíssimo Sacramento e atendimento de confissões.
As atividades no domingo, 4 de agosto, festa do Santo Cura d’Ars, tem início às 9 horas com Ofício das Laudes, seguido por Missa Solene presidida pelo cardeal Tagle.
No início da tarde, haverá atividades para as crianças. Às 15 horas, será realizada uma procissão com a relíquia do coração do Santo Cura. E por fim, às 16 horas, as Vésperas solenes.
Padroeiro dos Párocos
Após ter-se dedicado totalmente a Deus e aos seus paroquianos, São João Maria Vianney faleceu no dia 4 de agosto de 1859, aos 73 anos de idade.
Foi beatificado em 1905, pelo Papa Pio X.
Pio XI canonizou São João Maria Vianney em 1925 e o mesmo Pontífice o proclamou, em 1929, “Padroeiro dos párocos do mundo”.
Em 1959, por ocasião do centenário da sua morte, O Papa João XXIII dedicou-lhe a Encíclica “Sacerdotii Nostri Primordia”, apresentando-o como um modelo para os sacerdotes.
Em 2009, no 150° aniversário de sua morte, Bento XVI convocou o “Ano Sacerdotal”, para “favorecer e promover uma maior renovação interior de todos os sacerdotes e um testemunho evangélico mais forte e mais incisivo no mundo contemporâneo”.
“Eu vi Deus num homem!”
Em Ars, se sente a santidade de um homem que viveu totalmente para Deus. A cidadezinha de Ars tem cerca de 3 mil habitantes, e manteve a sua simplicidade ao longo do tempo, apesar da fama de seu mais ilustre ex-morador.
O Santuário é formado por uma pequena igreja, muito rústica e antiga, onde está o corpo incorrupto de São João Maria Vianney.
Ao lado, está a Basílica de Nossa Senhora da Misericórdia e o Santuário de Santa Filomena, onde são realizadas as grandes celebrações.
Certa vez um advogado foi a Ars sem acreditar muito no que se dizia a propósito do Cura d’Ars.
Quando voltou a Paris foi interrogado sobre o que tinha visto em Ars. E ele não titubeou para afirmar:
Eu vi Deus num homem!
Ainda hoje, o local tem um ambiente de sobrenatural intenso. Tudo no Santuário recorda e transpira a santidade do Cura d’Ars, eleva a alma, convida à oração. Ali ainda pode-se “ver Deus”:
É o perfume que ainda se respira do odor da santidade de um homem que viveu totalmente para Deus. (JSG)
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