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Perseguição religiosa na China: universitários católicos impedidos de manifestar sua Fé

China – Beijing (Quarta-feira, 17-07-2019, Gaudium Press) O Partido Comunista Chinês continua sua guerra contra a religião nas universidades e instituições de educação superior, segundo informou a revista especializada ‘Bitter Winter’. Além da proibição de manifestações de Fé nos centros educativos, equipes de inspeção visitam as instituições e estudantes são recrutados como informantes para identificar os professores e estudantes fiéis, que são expulsos ou pressionados a renunciar.

Notificação de fechamento de lugares de culto em Xiamen, China.jfif

Em algumas universidades se aplica inclusive um “trabalho de transformação ideológica” aos alunos e professores identificados como religiosos. As investigações sobre as crenças pessoais chegam a incluir a interceptação de chamadas telefônicas, um ativo monitoramento de redes sociais ou revisão dos dormitórios.

O esforço se complementa com a perseguição das comunidades de fiéis. Segundo ‘Bitter Winter’, no dia 05 de maio se fechou um lugar de culto cristão próximo de uma universidade na cidade de Xiamen em Fujian. Os membros que pertenciam às universidades e escuelas foram citados para advertir-lhes que seriam expulsos se voltassem a reunirem-se. Um dos estudantes relatou à revista que foi repetidamente questionado sobre suas crenças religiosas e teme que sua Fé afete a possibilidade de graduação e a obtenção de um emprego. Vários dos estudantes deixaram de assistir os serviços religiosos por medo das consequências.

Outro lugar de culto, desta vez nas imediações da Universidade Normal de Fujian, foi fechado especificamente por estar próximo de um centro educativo apesar de estar registrado e ter solicitado as permissões oficiais há muito tempo. “O governo não permite que os estudantes universitários sejam religiosos agora”, relatou uma fonte anônima ao ‘Bitter Winter’. “O que o partido Comunista Chinês está fazendo é inconstitucional. Um adulto tem direito às suas crenças”.

Os fiéis universitários se viram forçados a organizar reuniões secretas e implementar estratégias como nunca caminhar diretamente até o ponto de reunião, confirmar as identidades dos membros do grupo antes de abrir a porta e cancelar os encontros diante de qualquer suspeita de infiltração de estudantes que atuam como informantes. (EPC)

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