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Ser testemunhas da felicidade de Deus e não de ídolos, recomenda Francisco, no Angelus

Cidade do Vaticano (Segunda-feira, 18-02-2019, Gaudium Press) Na alocução proferida no último domingo, 17/02, pouco antes da recitação do Angelus, na Praça São Pedro, o Papa Francisco convidou os presentes a refletir sobre “o sentido profundo de ter fé, que consiste em confiarmos totalmente no Senhor”.

Francisco, comenta, então, o Evangelho das Bem-aventuranças na versão de São Lucas (Lc 7, 17.20-26) e afirma que ter fé é confiar totalmente no Senhor, derrubando “ídolos mundanos”, e que a felicidade é estar com Deus, próximo aos pobres e não seguindo os “profissionais de ilusão”.

O Pontífice começa explicando que o texto se articula “em quatro bem-aventuranças e quatro mandamentos formulados com a expressão ‘ai de vós'”.

Para ele são palavras incisivas que Jesus usa para nos abrir os olhos.
Por isso, Francisco nos convida “a refletir sobre o sentido profundo de ter fé, que consiste em confiarmos totalmente no Senhor”.

Pecado de idolatria

Deus, diz o Papa, se dirige aos ricos, saciados, sorridentes e aclamados pelas pessoas com o “ai de vós” para “‘despertá-los’ do engano perigoso do egoísmo”.

” Trata-se de derrubar os ídolos mundanos para abrir o coração ao Deus vivo e verdadeiro; só Ele pode dar à nossa existência aquela plenitude tanto desejada ou difícil para se alcançar”, afirma Francisco, explicando:

“São muitos, de fato, inclusive nos nossos dias, aqueles que se propõem como distribuidores de felicidade: vêm e prometem sucesso a curto prazo, grande retorno de fácil alcance, soluções mágicas para cada problema e assim por diante. E aqui é fácil escorregar sem perceber no pecado contra o primeiro mandamento, isto é, a idolatria, substituir Deus com um ídolo. Idolatria e ídolos parecem coisas de outros tempos, mas, na verdade, são de todos os tempos! Inclusive de hoje. Descrevem algumas posturas contemporâneas melhor que muitas análises sociológicas.”

Seguir Deus, não os profissionais da ilusão

Jesus nos mostra a realidade: somos felizes se estamos ao lado de Deus, junto “da parte daquilo que não é efêmero, mas dura pela vida eterna”, afirma Francisco:

“As Bem-aventuranças de Jesus são uma mensagem decisiva que nos motiva a não recolocar a nossa crença nas coisas materiais e passageiras, a não procurar a felicidade seguindo os vendedores de fumaça que muitas vezes são vendedores de morte, aqueles profissionais da ilusão. Não, não seguir eles; são incapazes de nos dar esperança. O Senhor nos ajuda a abrir os olhos, a capturar um olhar mais penetrante sobre a realidade, a sarar da miopia crônica que o espírito mundano nos contamina.”(JSG)

(Da Redação Gaudium Press, com informações Vatican News)

 

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