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Como alcançar uma sociedade feliz?

Redação (Sexta-feira, 15-02-2019, Gaudium Press) Deus criou o homem e a mulher, os quais, unindo-se segundo um desígnio eterno de sua sabedoria, “são uma só carne” (Gn 2, 24).

A primeira instituição humana não foi governamental, nem econômica, nem mesmo laboral.
Criado Adão, e formada Eva de seu costado, constituíram eles a primeira família humana, princípio e causa de todas as demais.

União instituída por Deus

Desde a origem, como reafirmado posteriormente pelo Salvador (cf. Mc 10, 6-8), Deus criou o homem e a mulher, os quais, unindo-se segundo um desígnio eterno de sua sabedoria, “são uma só carne” (Gn 2, 24).

A solidez e estabilidade desta união – cuja sublimidade foi elevada a Sacramento pelo próprio Cristo como Fundador da Igreja – se encontram radicadas no fato de ser ela operada pelo próprio Deus, embora ministrada pelos esposos: a iniciativa é humana, mas o resultado é divino, porquanto o homem não tem poder para anulá-lo.

Esta realidade foi sancionada pelo Redentor com uma ordem ¬clara: “não separe o homem o que Deus uniu” (Mt 19, 6).

Foi este um dos elementos que opuseram-No aos fariseus: muito preocupados pelos aspectos humanos, e pouco interessados nos desígnios divinos, buscavam estes distorcer os princípios mosaicos para adequar a Religião às suas paixões.

Jesus Cristo, contudo, não deu a menor margem às suas ânsias; obstinados e impenitentes, com esta e outras atitudes, os fariseus se empurraram voluntariamente para a margem da História…

Casamento, Matrimônio, Família

Do casamento concebido segundo a visão cristã, surgiram as famílias que deram origem às sociedades inspiradas no Evangelho, destinadas a fazer florescer os frutos do Espírito: “caridade, alegria, paz, paciência, afabilidade, bondade, fidelidade, brandura, temperança” (Gal 5, 22-23).
Com muita organicidade, o homem conhecia uma mulher e, motivados pela caridade, resolviam casar-se; enfrentavam dificuldades, mas perseveravam juntos. Passavam-se os anos, e ambos se davam muito bem! Assim perduraram as sociedades, durante vinte séculos…
As esdrúxulas “famílias”

Porém, surgiram o divórcio e formas cada vez mais esdrúxulas de “famílias”; e os problemas, em vez de diminuir, aumentaram…

Assim, chegamos a uma situação na qual a família sofre duma crise global, até constituir-se hoje uma verdadeira encruzilhada na História.

Com efeito, de modo quase cíclico, a dureza de coração que Jesus denunciara nos fariseus (cf. Mc 10, 5) torna uma e outra vez a manifestar-se: com pretextos mais ou menos semelhantes, pretendem sempre retorcer a verdade de modo a julgar-se no direito de exigir de Deus que justifique os efeitos das paixões desregradas.

Remédio antigo para um mal de hoje

Onde encontrar novamente remédio para este mal tão antigo?

Para um mesmo problema, vale a mesma solução.

Ontem, como hoje e sempre, o homem nesta Terra nunca poderá evitar a dor. O segredo da felicidade, portanto, não se encontra em não sofrer, mas em como enfrentar o sofrimento.

A felicidade da família bem constituída se firma na Rocha sobre a qual foi edificada (cf. Lc 6, 48); enquanto ambos os esposos se encontram abrasados no amor a Deus, não temem nem vacilam; mesmo quando sofrem, estão cheios de alegria espiritual.

A chave da felicidade de determinada sociedade consiste, pois, em estar formada por famílias cujos cônjuges anseiam pela santidade. (EP)

 

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