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Casa Santa Marta: Papa fala de São José, dos detentos e Comunhão Espiritual

Cidade do Vaticano (Quinta-feira, 19-03-2020, Gaudium Press) Durante a Missa celebrada na Capela da Casa Santa Marta, nesta quinta-feira (19/03), Solenidade de São José e sétimo aniversário de seu pontificado, Francisco voltou a levar seu pensamento para os detentos, recordou a importância da adoração, incentivou os fiéis a fazerem a Comunhão espiritual e falou sobre São José.

Homilia

Na homilia, o Papa comentou o Evangelho do dia (Mt 1,16.18-21.24), recordou a importância da oração de adoração e de recomendar a Comunhão Espiritual.

José foi um homem de fé. Porque ele acreditava e vivia esta fé, era um Homem “justo”.

Eis trechos da homilia de Francisco:

“O Evangelho nos diz que José era “justo”, ou seja, um homem de fé, que vivia a fé. Um homem que pode ser incluído na lista de todas aquelas pessoas de fé que recordamos hoje no Ofício das leituras. Aquelas pessoas que viveram a fé como fundamento daquilo que se espera, como garantia daquilo que não se vê.”

“José é homem de fé: por isso era “justo”. Não somente porque acreditava, mas também vivia esta fé. Homem “justo”.
Foi eleito para educar um homem que era verdadeiro homem, mas também era Deus: era preciso um homem-Deus para educar um homem assim, mas não havia.”

“O Senhor escolheu um “justo”, um homem de fé. Um homem capaz de ser humano e também capaz de falar com Deus, de entrar no mistério de Deus. E essa foi a vida de José. Viver a sua profissão, a sua vida de homem e entrar no mistério.

“Um homem capaz de falar com o mistério, de dialogar com o mistério de Deus. Não era um sonhador. Entrava no mistério, com a mesma naturalidade com a qual levava adiante a sua profissão.”

Capacidade de entrar no mistério

“Esta é a santidade de José: levar adiante a sua vida, o seu trabalho com justeza, com profissionalismo; e no momento, entrar no mistério. Quando o Evangelho nos fala dos sonhos de José nos faz entender isto: entra no mistério.”

“Penso na Igreja, hoje, nesta solenidade de São José. Os nossos fiéis, nossos bispos, nossos sacerdotes, nossos consagrados e consagradas, os Papas: são capazes de entrar no mistério? Ou precisam ajustar-se segundo as prescrições que os defendem daquilo que não podem controlar?

Quando a Igreja perde a possibilidade de entrar no mistério, perde a capacidade de adorar. A oração de adoração é possível somente quando se entra no mistério de Deus.”

“Peçamos ao Senhor a graça que a Igreja possa viver na concretude da vida cotidiana e também na concretude – entre aspas – do mistério. Se não puder fazê-lo, será uma Igreja pela metade, será uma associação piedosa, levada adiante por prescrições, mas sem o sentido da adoração. Entrar no mistério não é sonhar; entrar no mistério é precisamente isto: adorar.

Entrar no mistério é fazer aquilo que faremos no futuro, quando chegaremos à presença de Deus: adorar. Que o Senhor conceda à Igreja essa graça. (JSG)

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