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Audiência Geral: Santo André Kim, mártir e primeiro sacerdote coreano

Na catequese da semana passada, o Pontífice tratou sobre a figura de São Francisco Xavier, o grande missionário jesuíta no Oriente.

Foto: Captura de tela Vatican Media

Foto: Captura de tela Vatican Media

Redação (24/05/2023 16:42, Gaudium Press) Na sequência de sua catequese sobre o zelo apostólico, na Audiência Geral de hoje, o Papa citou o exemplo de Santo André Kim Taegon, mártir e primeiro sacerdote coreano. Na catequese da semana passada, o Pontífice havia tratado sobre São Francisco Xavier, o grande missionário jesuíta do Oriente.

“A vida de Santo André Kim Taegon foi e continua sendo um eloquente testemunho de zelo pelo anúncio do Evangelho”, comentou o Papa.

A evangelização da Coreia foi feita por leigos. No século XVIII e provenientes da China, livros cristãos foram difundidos por todo o país. Uma das pessoas que leu o livro, cativada com a nova fé que aí continha, fez-se nomear diplomata na China e lá recebeu o batismo de Dom Gouvea. Este novo cristão retornou à Coreia, em 1784, e começou a fazer apostolado, muito frutífero, de modo que, quando um sacerdote chinês chegou à Coreia, 10 anos depois, ele se surpreendeu ao encontrar 4.000 cristãos já formados.

“Foram os leigos batizados que transmitiram a fé. Não havia sacerdotes. Houve depois, mais tarde. A primeira evangelização foi feita pelos leigos. Seremos capazes de algo assim? Pensem! É algo interessante”, disse Francisco.

A certa altura, à medida que a comunidade cristã crescia, as autoridades, levadas por um falso temor, proibiram o cristianismo. O avô de Santo André Kim foi martirizado nessas perseguições e seu pai também; a mãe teve que mendigar nas ruas.

Em 1836, um missionário que passava por sua cidade o escolheu como seminarista. Em 1844, foi ordenado diácono e, um ano depois, sacerdote em Xangai. Ele então retornou à Coreia, mas só pôde servir como sacerdote lá por um ano e alguns meses, porque em junho de 1846 ele foi preso e, 3 meses depois, decapitado.

“Na Coreia daquela época, acreditar em Jesus Cristo significava estar pronto a dar testemunho até à morte”, lembrou o papa.

“A paixão pela evangelização, este grande zelo apostólico, é um dom do Espírito que Ele nos dá. E embora o contexto ao redor não seja favorável, como o de André Kim na Coreia, a paixão pela evangelização não muda, pelo contrário, torna-se ainda mais valiosa. Santo André Kim e outros fiéis coreanos demostraram que o testemunho do Evangelho oferecido em tempos de perseguição pode dar muitos frutos na fé”.

Considerando o exemplo de Santo André Kim, o Papa convidou a olhar para esses grandes santos e fazer a nossa parte no contexto em que vivemos:

“Evangelizar a família, evangelizar os amigos, falar de Jesus, mas falar de Jesus e evangelizar com o coração cheio de alegria, cheio de força. Isso nos é dado pelo Espírito Santo. Preparemo-nos para receber o Espírito Santo no próximo Pentecostes e peçamos-Lhe essa graça, a graça da coragem apostólica, a graça de evangelizar, de levar sempre a mensagem de Jesus”.

Com informações Vatican News

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