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A paciência diante dos sofrimentos

Neste mundo, estaremos por pouco tempo, mas muitos são os sofrimentos a padecer. Soframos com paciência!

Cristo com a Veronica

Redação (31/03/2023 09:53, Gaudium Press) Esta Terra é lugar de méritos, por isso é lugar de padecimentos. A nossa pátria, onde Deus preparou o descanso num gáudio eterno, é o paraíso. Neste mundo, estaremos por pouco tempo, mas, neste pouco tempo, muitos são os sofrimentos por que temos de passar. E é sofrendo com paciência que as nossas almas poderão ser encontradas conforme a vida de Jesus Cristo que “por nós padeceu, deixando-nos exemplo para que sigamos seus passos (Cf. Pd 2,21)”.

Um dia disse Santa Teresa: “Saibas que as almas mais queridas de meu pai são aquelas que são afligidas por maiores sofrimentos”. Por isso, a santa, quando se via atormentada, dizia que não trocaria os seus sofrimentos por todos os tesouros do mundo. Apareceu ela, depois da morte, a uma alma, e lhe revelou que gozava de um grande prêmio no Céu, não tanto por suas boas obras, quanto pelas penas voluntariamente sofridas por amor de Deus em vida.

Quem ama a Deus padecendo, tem um duplo ganho para o paraíso, o amar e o padecer. Escreve São João Crisóstomo que quando o Senhor dá a alguém a graça de padecer, faz-lhe maior graça do que se lhe desse o poder de ressuscitar os mortos, porque no fazer milagres o homem se torna devedor de Deus, mas no sofrer é Deus que se torna devedor do homem.

Entretanto, “é preciso que a paciência efetue a sua obra, a fim de serdes perfeitos e íntegros, sem fraqueza alguma” (Tg 1,4). Isso quer dizer que não há coisa que mais agrade a Deus do que o ver uma alma que, com paciência e paz, sofre todas as cruzes que Ele lhe envia […].

Por São João foram vistos todos os santos vestidos de branco e com palmas na mão (Ap 7,9). A palma é a insígnia dos mártires, mas nem todos os santos sofreram o martírio; como todos os santos portam palmas nas mãos? São Gregório responde que todos os santos foram mártires ou pela espada ou pela paciência; e assim, portanto, acrescenta: “Nós, sem a espada, podemos ser mártires, se guardarmos a paciência”.

Extraído de: Cf. AFONSO MARIA DE LIGÓRIO, SANTO. A prática do amor a Jesus Cristo. Trad. Luís Augusto. São Paulo: Cultor de livros, 2021, p. 49 a 56.

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