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“As indulgências são remédios para a alma”, assegura Cardeal Piacenza

O Penitenciário-Mor ministrou uma lectio durante o 33° Curso sobre o Foro Interno que está sendo realizado no Vaticano.

Cardenal Piacenza Wikipedia Dominio Publico

Foto: Wikipedia/Domínio Publico.

Cidade do Vaticano (21/03/2023 10:23, Gaudium Press) Na última segunda-feira, 20, foi iniciado o 33° Curso sobre o Foro Interno, destinado a sacerdotes e candidatos próximos às Ordens Sagradas. O curso, que prossegue até o próximo dia 24, contou com uma lectio ministrada pelo Cardeal Mauro Piacenza, Penitenciário-Mor, cujo tema foi a indulgência a partir de um ponto de vista doutrinário, histórico e espiritual-pastoral.

A Igreja Católica é a primeira depositária da abundância da misericórdia de Cristo

Segundo o purpurado, a Igreja Católica é a primeira depositária da abundância da misericórdia de Cristo, “perenemente atualizada e renovada no sacramento da Reconciliação”. O Cardeal assegurou ainda que “usando a autoridade apostólica que o próprio Cristo lhe conferiu, a Igreja haure com sabedoria e prudência do tesouro da misericórdia divina não só o perdão dos pecados cometidos pelos fiéis depois do Batismo, mas também a remissão dos penas temporais inerentes a eles”.

Tratando sobre as indulgências parciais, Dom Piacenza explicou que elas revelam um vínculo constante com Deus e reforçam também a comunhão dos santos, porque são aplicáveis ​​aos nossos irmãos e irmãs defuntos. “As indulgências guardam certamente um valor expiatório, mas é sempre oportuno sublinhar também o seu valor relacional, espiritual, e assim apoiar o caminho pessoal de santificação. Elas atravessam e quase rompem os limites espaço-temporais de nossa existência terrena e são como uma antecipação da vida como ressuscitada”, destacou.

Tarefa de juiz e médico que Cristo confiou a cada confessor

O Penitenciário-Mor advertiu que mentir sobre o pecado ou deixar os fiéis em estado de pecado por medo de falar a verdade não é um ato de misericórdia. “Só uma misericórdia incompreendida, carente de realismo cristão, pode abdicar da gravíssima tarefa de juiz e médico que Cristo confia aos Apóstolos, seus sucessores e a cada confessor”.

Em seguida, afirmou que é através do diálogo fraterno e da autêntica paternidade espiritual que os sacerdotes colocam em prática “o sério dever de admoestar o pecador sobre a gravidade da sua condição”, caso não o faça, ele mesmo responderá por isso diante de Deus. E concluiu recordou as condições para se receber uma indulgência plenária: receber a comunhão eucarística, ter se confessado e rezar nas intenções do Santo Padre. (EPC)

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