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Cardeal Ambongo: A Igreja na Europa está morrendo

La Croix Africa conversou com o cardeal congolês sobre as prioridades da evangelização com os jovens no continente africano.

Fridolin Ambongo cropped

Redação (01/03/2023 12:19, Gaudium Press) Deve o catolicismo europeu aprender com o africano? As condições são muito diferentes. Enquanto a Europa foi, durante milênios, o farol da fé para o mundo, de onde saíram os missionários que expandiram o cristianismo pelo mundo, a África ainda é um continente jovem na fé, onde esta ainda tem um sabor de novidade salvífica, o que explica um pouco seu dinamismo aqui, e uma certa inércia lenta acolá.

Mas também é verdade que, quando se ouve certos padres africanos pregarem na Europa por exemplo, qualquer um percebe que sua fé jovem não é ingênua ou inexperiente, mas é sobretudo poderosa, porque acreditam verdadeiramente, porque as contaminações humanas que obscurecem a proclamação da Boa Nova de Cristo estão bastante ausentes.

Contudo, como disse o Cardeal Fridolin Ambongo ao La Croix, reproduzido pela Infocatolica, é evidente que há um futuro para a Igreja na África, e que isso tornará o continente grande: ” Basta olhar para os dados objetivos, as estatísticas. Acho que você conhece a situação da Igreja na Europa. A Igreja na Europa está morrendo, e quando você vai às igrejas, elas estão vazias. As pessoas que as frequentam geralmente têm mais de 70 anos. Quando essas pessoas se forem, quem frequentará suas igrejas? Por outro lado, quando se vai para o sul, para a África, a Igreja está crescendo, não só em quantidade, mas também em qualidade. Tudo indica que o futuro da Igreja está na África, porque também na África, quando você vai a todos os lugares, há jovens”.

Para este cardeal congolês, torna-se uma prioridade “cuidar dos nossos jovens porque eles são verdadeiramente o futuro da nossa sociedade, o futuro da nossa Igreja”.

Cuidar deles significa continuar a dar-lhes o leite da fé e também dar-lhes “esperança de um amanhã melhor”. O cardeal deixa claro que se deve continuar a abordar problemas como “a imigração de nossos jovens que saem do continente em busca do que acreditam ser o paraíso e muitas vezes isso termina em tragédia. Tudo isso nos remete à nossa responsabilidade como Igreja da África”. (CCM)

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