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Católicos podem ou não participar do Carnaval?

O ambiente de carnaval chega com insistência inaudita dentro das casas através das televisões e redes sociais. Mas nós católicos podemos “curtir” essa folia?

Catolicos podem ou nao participar do Carnaval

Foto: Pixabay/anncapictures.

Redação (17/02/2023 12:07 Gaudium Press) Por todo o Brasil, muita gente prepara-se para aproveitar o feriado de carnaval. Por todo lado já tem gente “foliando” em bloquinhos carnavalescos espalhados pelas ruas das cidades. O ambiente de carnaval chega com insistência inaudita dentro das casas através das televisões e redes sociais.

Blocos, desfiles e bailes de Carnaval são ambientes propícios ao pecado

Diante dessa situação -quase inevitável- surge uma pergunta razoável e de muito bom senso: os católicos podem ir às ruas e extravasar sua alegria como grandes foliões? Essa questão é respondida por André Parreira, membro do Instituto Nacional da Pastoral Familiar e da Família da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e conhecido autor de livros sobre matrimônio e família.

Segundo ele, “a resposta pode começar com outra pergunta: alguém poderia dizer que os blocos, desfiles e bailes de Carnaval não são ambientes propícios ao pecado, com tanto álcool, nudez e erotização? As modas das mini-roupas (as bermudinhas viraram o traje oficial!) e fantasias minúsculas ou de caráter sexual refletem o pudor daqueles que tem consciência de que são templo do Espírito Santo? Até mesmo as marchinhas já são um risco, pois, embora muitas sejam interessantes e divertidas, boa quantidade delas carrega grande erotização”.

Ensinamentos dos Santos sobre os bailes de carnaval

Em seguida, Parreira cita alguns ensinamentos transmitidos pelos Santos da Igreja Católica: “Santo Afonso Maria de Ligório dizia que a fuga das ocasiões de pecado é grande dever em nosso caminho de crescimento espiritual; Santa Faustina por sua vez relatou o sofrimento do coração de Jesus nos dias de carnaval; São João Maria Vianney afirmava que o anjo da guarda ficava do lado de fora dos salões de baile e que algumas danças são a corda com que o demônio arrasta mais almas para o inferno; e São Carlos Borromeu assegurava que jamais podia compreender como os cristãos podiam conservar este perniciosíssimo costume do paganismo. Se estes Santos diziam isso com base no Carnaval de seus tempos, o que diriam se conhecessem as festividades de hoje?”.

Por fim, André Parreira recorda uma reflexão sobre este tema feita por Dom Henrique Soares, quando era Bispo de Palmares (PE). “Devemos, então, rejeitar em bloco o Carnaval atual? A resposta pronta não existe! Se um cristão julga poder brincar o carnavalzão do mundo sem cometer excessos, sem dar azo à imoralidade, sem a dispersão interior violenta que nos tira da presença de Deus e da realidade, então brinque em paz! Eu duvido muito que isto seja possível, mas é preciso respeitar a consciência de cada um!”, conclui. (EPC)

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