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Futuros sacerdotes em missão no interior da Nicarágua

Num momento de dificuldade e perseguição religiosa vivida pela Igreja na Nicarágua, 88 jovens seminaristas saem em missão pelas comunidades rurais, para ouvir as pessoas, conhecer as suas necessidades e levar a elas o consolo e a esperança do Evangelho.

 Nicaragua

Redação (18/01/2023 15:47, Gaudium Press) Seminaristas e seus familiares vivem dias de alegria na Nicarágua. 88 jovens que se preparam para o sacerdócio, no último domingo, 15, receberam a batina para iniciar a sua formação no Seminário Maior, e foram enviados em missão pelo interior do país.

A cerimônia eucarística foi presidida pelo arcebispo de Manágua, cardeal Leopoldo Brenes, que em sua homilia falou da importância deste momento na vida desses jovens que estão “começando a reta final de seus sete anos de formação”. Durante quinze dias, eles estarão em missão em paróquias rurais no interior do país. Essa é uma experiência que vem se repetindo há vários há anos, como parte da formação sacerdotal.

O arcebispo explicou que sair em missão significa “viver com as pessoas em suas casas, acompanhar e ouvir jovens, crianças e idosos” e os exortou a viver a missão “em espírito de escuta da Palavra de Deus vivida com o povo e nas comunidades.” Brenes também lhes pediu para continuarem a rezar pela sua Igreja, pelos sacerdotes e bispos e pelos outros seminaristas, “para que se deixem guiar pelo Espírito Santo durante estes anos de formação”. Por fim, agradeceu aos sacerdotes, aos formadores e às famílias por acompanharem os jovens em seu processo vocacional.

Religiosos são perseguidos e expulsos

As paróquias que recebem os seminaristas durante esta missão são Nuestra Señora del Perpetuo Socorro Masachapa; Nuestra Señora del Carmen Villa el Carmen; Jesús de la Divina Misericordia Managua; Sagrado Corazón de Jesús Las Maderas e o Santuário Cristológico Nuestro Señor de Esquipulas La Conquista, Carazo.

A missão deste ano é particularmente significativa, em virtude do momento difícil e da perseguição religiosa vivida pela Igreja na Nicarágua.  Em 2022, o governo sandinista expulsou do país o núncio apostólico Waldemar Stanislaw Sommertag e 18 monjas da ordem das Missionárias da Caridade, fundada por Madre Teresa de Calcutá, além de acusar o Bispo de Matagalpa, Dom Rolando Álvarez, de “conspiração para minar a integridade nacional e propagação de falsas notícias através das tecnologias de informação e comunicação em detrimento do Estado e da sociedade”.

 

 

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