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Bispos canadenses são acusados de agressão sexual

Uma ação judicial movida contra a diocese de Quebec incluiu o nome de dois Bispos canadenses na lista de supostos agressores sexuais: Dom Clément Fecteau, falecido em 2007, e Dom Jean-Pierre Blais, Bispo de Baie-Comeau

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Redação (03/12/2022 10:00, Gaudium Press) O escritório de advocacia canadense Arsenault Dufresne Wee, que é responsável por uma ação coletiva de vítimas de agressão sexual por membros do clero canadense, incluiu na lista de supostos agressores o nome de dois bispos canadenses: Dom Clément Fecteau, falecido em 2017, e Jean-Pierre Blais, atual Bispo de Baie-Comeau.

Sobre Dom Jean-Pierre Blais, os supostos fatos teriam acontecido entre os anos de 1973 e 1975, em Charny, segundo o documento de acusação apresentado pelo escritório de advocacia. Dom Blais teria tocado de forma libidinosa uma criança de 12 anos, conforme informou a vítima. Dom Clément Fecteau também está na lista de possíveis agressores, pois teria tocado e se exibido para uma criança de 13 anos, no seminário de Québec, em 1987.

Dom Jean-Pierre Blais e Dom Clément Fecteau

Dom Fecteau foi nomeado Bispo auxiliar de Quebec em 1989. Em 1996, foi designado como Bispo titular da diocese de Sant’Ana de la Pocatière, onde ficou até sua aposentadoria em 2008. O epíscopo faleceu em 2017. Dom Blais foi nomeado Bispo auxiliar de Quebec em 1994 e atualmente é Bispo de Baie-Comeau, desde 2008.

A porta-voz da diocese de Quebec, Valérie Roberge-Dion, afirmou que “Os líderes e membros da Igreja Católica de Quebec condenam veementemente qualquer conduta que atente contra a dignidade humana”. Além disso, ela explicou que existe uma linha telefônica e um e-mail destinado a receber denúncias de agressões sexuais cometidas por membros do clero.

Aceitação da ação coletiva contra as dioceses canadenses

A corte suprema do Canadá aceitou, em maio de 2022, o pedido coletivo contra a diocese de Quebec, postulado em 2020 pelo escritório de advocacia em nome de duas vítimas, Gaétan Bégin e Pierre Bolduc.

Desde então, o número de vítimas e de agressores vem aumentando. Em agosto deste ano, o nome do Cardeal Marc Ouellet também foi incluído na lista como suposto agressor sexual.

A lista atual das supostas vítimas conta com 134 pessoas que teriam sofrido violência sexual por parte de membros do clero da diocese a partir de 1940. O escritório Arsenault Dufresne Wee também tem uma ação coletiva, representando 43 vítimas, contra a diocese de Trois-Rivières. Cada vítima poderia receber uma indenização de até 600 mil dólares canadenses (cerca de R$230 mil reais) pelos danos causados pela agressão. (FM)

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