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Santa Sé: China violou acordo ao realizar cerimônia de posse de um bispo

O Vaticano acusou as autoridades chinesas de violaram os termos estipulados no acordo provisório sobre a nomeação de bispos.

Foto: chinacatholic.cn

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Redação (26/11/2022 12:32, Gaudium Press) Em um comunicado divulgado neste sábado, 26 de novembro, a Santa Sé afirmou que tomou conhecimento com “surpresa e pesar” a notícia proveniente da China sobre a “cerimônia de tomada de posse” do bispo John Peng Weizhao como “bispo auxiliar de Jiangxi”, uma diocese não reconhecida pelo Vaticano.

“Tal evento, de fato, não ocorreu de acordo com o espírito de diálogo existente entre a Parte Vaticana e a Parte Chinesa, e conforme o estipulado no Acordo Provisório sobre a Nomeação de Bispos, em 22 de setembro de 2018. Além disso, o reconhecimento civil de Dom Peng foi precedido, segundo as notícias que chegaram, de longas e fortes pressões das autoridades locais”.

“A Santa Sé espera que episódios semelhantes não se repitam, permanece aguardando comunicações em mérito por parte das Autoridades e reafirma sua total disponibilidade para continuar o diálogo respeitoso sobre todos os assuntos de interesse comum”.

Sem a aprovação do Vaticano

Os limites da “diocese de Jiangxi” foram traçados pelas autoridades chinesas sem a aprovação do Vaticano.

Peng foi nomeado legitimamente pelo Papa Francisco em 2014 e secretamente ordenado como bispo clandestino de Yujiang – fato pelo qual foi preso pelas autoridades chinesas e mantido sob custódia por seis meses, segundo informações do Asia News.

A Associação Patriótica Católica Chinesa divulgou, em seu site oficial, a cerimônia de posse de Peng ocorrida em 24 de novembro com “o consentimento do Comitê Provincial de Assuntos Educacionais Católicos de Jiangxi e a aprovação da Conferência dos bispos católicos chineses”. Esta Conferência dos bispos não é reconhecida pela Santa Sé.

Por outro lado, a associação patriótica, aprovada pelo governo, informou que Peng fez um juramento, na cerimônia de posse, de “guiar o catolicismo para se adaptar à sociedade socialista” e contribuir para o “sonho do grande rejuvenescimento da nação chinesa”.

Com informações CNA.

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