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Halloween e a comemoração do feio

O que a formação dos jovens tem a ver com uma celebração do último dia de outubro, o Halloween?

Halloween e a comemoracao do feio

Foto: Pixabay/Богдан.

Redação (31/10/2023 08:11, Gaudium Press) Não temos a intenção aqui de sondar a origem da festa de Halloween, e se algum dia tal celebração teve este ou aquele sentido. Alguns dizem ser a pré-celebração do Dia de Todos os Santos, catolicizado pela Santa Igreja Católica das festas celtas; outros, que se originou diretamente do culto ao demônio para fazer frente à celebração cristã do dia 01 de novembro.

Costume de tornar-se horrendo

Isso não nos importa agora, mas sim a festa celebrada atualmente. Para o Halloween, o costume é tornar-se horrendo. Seja em honra a filmes e séries de terror, seja para ilustrar a comemoração das bruxas que, segundo nos são representadas, eram todas más formadas e cheias de adereços selvagens. Na prática, o objetivo é atingir um grau de não-naturalidade imenso: são as cores escuras, as deformações por maquiagens e os objetos suspeitos.

Portanto, o Halloween celebra o feio, o antinatural, o penado. Num dia normal, em qualquer outra semana do ano, aparecer com um corte no rosto que o atravessa de alto a baixo é terrível, e com certeza muitos terão pena e comiseração do sujeito. Contudo, em Halloween, é o contrário: quanto maior o corte, maior a admiração e a parabenização. No campo das ideias, não há nenhuma que seja condenável. Mas e nas tendências? E para todos os jovens que percebem que a extrapolação do natural é parabenizada, como se fosse um segredo rebelde que não se conta na sociedade? Ou para o pequenino que sonhava com príncipes e fadas, e ao ver o esqueleto percebe que não há repulsa ou afastamento?

O ruim, o péssimo, pode ser uma opção?

A formação dos jovens passa sobretudo pelas tendências. E quando o mal tende a ser celebrado, quando o feio passa a ser o ponto de honraria, algo se bagunça na alma da juventude: é permitido, então, o vil? O ruim, o péssimo, pode ser uma opção? É claro que celebrar ou festejar o Halloween não faz da pessoa um ser ruim, pecador, fadado ao inferno; mas sim que, tendo permitido a sociedade que esta festa fosse normalizada, mostra o quão enfermas estão as tendências para o feio na comunidade humana.

Que sejamos cristãos de corpo, alma e mente, e saibamos incrementar em nosso lar, em nossos círculos sociais tendências para o belo, e não para o feio, pois só assim haverá maiores margens para boas ideias e para o bem em geral. É o que devemos pedir a Nossa Senhora e os anjos todos do Céu neste fim de outubro.

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