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Ex-frei Boff agora defende satanás

Quando percebemos que ainda podemos nos surpreender…

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Redação (26/10/2022 15:42, Gaudium Press) Quando se pensa ter alcançado o limite da capacidade de se surpreender tanto em direção à luz quanto no caminho para os abismos das trevas, a realidade nos diz que não, que ainda não é o fim.

É o caso do recente artigo do ex-frade franciscano marxista Leonardo Boff, um dos fundadores da chamada Teologia da Libertação, com o título “Desatanizar a satã ou o diabo” .

“Devemos dizer que ninguém sofreu tantas injustiças e foi tão ‘satanizado’ como o próprio Satã. No início não foi assim. Por esta razão é importante fazer brevemente a história de Satã ou do Diabo”, começa o artigo do ex-frade, que na época pendurou seu hábito religioso para se unir a uma marxista.

Boff continua repetindo a cantilena daqueles que querem ‘entender’ e absolver o ‘pobre’ satã, dizendo que esse anjo realmente não é tão ruim. Entretanto, eles não têm escrúpulos em criticar a Deus, que teria dado ao diabo a “inusitada e ingrata” tarefa de “pôr à prova as pessoas boas”. (Coitado do diabo, o bandido é Deus…)

Segundo Boff, isso é invenção de uma imaginação judaica influenciada pelos persas, e que tanto satanás quanto o inferno teriam sido instrumentos usados ​​pela Igreja para subjugar os povos originários da América e muitos outros através do “medo e do pânico”.

As alusões a satanás, particularmente do Novo Testamento, na mente do ex-frei Boff, são simplesmente dizeres do “fundamentalismo do texto bíblico” que “devemos saber interpretá-los”.

Pareceria, portanto, nesta altura que, como não poucos teólogos de hoje, Boff estaria afirmando a não existência de satanás como um ser individual. Mas continuando seu próprio texto se encarrega de nos colocar em dúvida (ou nos tirar a dúvida), quando diz que “satã ou o diabo é uma criatura de Deus. Dizer que é uma criatura de Deus significa que, a cada momento, Deus está criando e recriando esta criatura, mesmo no fogo do inferno. Pode Deus que é amor e bondade infinita se propor a isso?”

Mas, enfim, esses versos – que acabam sendo uma ode a satanás de Boff– não devem nos surpreender, pois já dizia o velho ditado latino: corruptio optimi pessima, a corrupção daquela pessoa chamada a uma altíssima vocação pode afundá-la até mesmo no atoleiro mais nojento.

Não é alegrar-se com o mal alheio, mas contentar-se com o próprio bem ao contemplar o mal, sentindo a alma, vida e coração apegados à verdadeira Doutrina Católica: aquela que nos traz luz, quando o Catecismo nos diz que, depois da queda de Adão e Eva, não foi uma boa voz, mas uma “voz sedutora” que por inveja os fez “cair na morte”.

Esses sussurros sinistros são os do “anjo caído”, “chamado satanás ou diabo”, que “primeiro foi um anjo bom”, mas depois “rejeitou radical e irrevogavelmente a Deus e seu Reino”, fixando-se em seu mal de maneira “irrevogável”.

Com Jesus Cristo, o católico chama esse ser caído de “assassino desde o princípio”, e sabe que particularmente o próprio Senhor veio a este mundo “para desfazer as obras do diabo”, para derrotá-lo em suas maquinações, principalmente para aniquilar aquela “sedução mentirosa que levou o homem a desobedecer a Deus”.

Sim, esse ser é uma “criatura poderosa”, que Deus permite agir; mas, em última análise, satanás “não pode impedir a edificação do Reino de Deus”. Deus triunfa e triunfará, com sua redenção, com sua graça, com os homens que se abrem à sua graça.

Por isso, aos defensores de satanás, fica a advertência perene de que estarão sempre não só do lado errado, mas na triste e amargurada equipe dos perdedores, os derrotados pelo calcanhar da Virgem que esmagará a cabeça da serpente por toda a eternidade.

Por Carlos Castro

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