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Líbano: Arcebispo maronita é detido temporariamente pelas autoridades

O Arcebispo maronita de Haifa e Jerusalém, Moussa El-Hage, foi detido por algumas horas pela autoridades libanesas ao cruzar a fronteira com Israel

O Papa Francisco viajara para o Libano 1

Redação (21/07/2022 09:30, Gaudium Press) O Arcebispo de Haifa e Jerusalém, Moussa El-Hage, ficou detido por algumas horas quando cruzava a fronteira de Israel para o Líbano.

O prelado, que estava em viagem por Israel, em sua sede episcopal, foi escoltado pelas Força Interina das Nações Unidas no Líbano (UNIFIL) até a fronteira com o Líbano.

Na cidade fronteiriça de Ras Naqoura, reservada aos clérigos e diplomatas, o Arcebispo foi detido pela Segurança Geral do Líbano e conduzido a um longo interrogatório.

Interrogatório e apreensão de bens

O interrogatório visava verificar a relação do Arcebispo com a comunidade libanesa que imigrou para Israel, após a retirada das tropas israelenses da fronteira.

Moussa El-Hage, Arcebispo marotinha de Haifa e de Jerusalém, teve seu passaporte e celular apreendidos e foi impedido de prosseguir viagem.

O dinheiro que estava com o prelado e que pertencia aos libaneses refugiados em Israel também foi apreendido.

O Arcebispo maronita explicou que o dinheiro era destinado às famílias dos libaneses que agora se refugiam em Israel.

O Arcebispo protestou contra a detenção afirmando que sua missão é inteiramente humanitária e seu único objetivo é de manter o contato entre os membros das famílias libanesas.

Cardeal Rai: me dirijo a vós porque uma catástrofe abateu sobre Beirute, a noiva do Oriente, o farol do Ocidente está ferida...

Rompimento de normas éticas entre a Igreja Maronita e o Estado libanês

A liberação de Dom Moussa El-Hage só aconteceu com a intervenção do patriarca maronita, Bechara Rai, e de autoridades da justiça do país.

O núncio apostólico no Líbano, Mons. Josef Spiteri, classificou o ocorrido de “perigoso”. De sua parte, o Patriarca maronita decidiu esperar a reunião do Sínodo maronita, que acontecerá nesta quinta-feira, para dar uma resposta oficial ao fato.

Para o Patriarcado maronita, a detenção supõe um desvio das normas éticas que sempre existiram entre o Líbano e a Igreja maronita.

Segundo Asia News, o acontecido parece ter relação com o cenário político do país. Especialmente neste momento no qual o Patriarca maronita aumenta suas críticas ao Hezbollah. (FM)

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