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O último folheto

Quantas vezes Deus envia-nos um mensageiro para dizer em nosso interior: Jesus Cristo te ama muito. Damos ouvidos a essa voz?

Foto: Arquidiocese de São Paulo

Foto: Arquidiocese de São Paulo

Redação (12/07/2022 09:01, Gaudium Press ) Todos os domingos à tarde, um Padre e seu sobrinho de 11 anos saíam pela cidade e distribuíam folhetos com a Palavra do Senhor.

Numa tarde de domingo, quando chegou a hora de saírem pelas ruas com os folhetos, fazia muito frio lá fora e também chovia a cântaros. O menino se agasalhou e disse:

– Padre, já estou pronto!

E o Padre perguntou:

– Pronto para o quê?

– Está na hora de juntarmos os nossos folhetos e sairmos para distribuir.

O Padre respondeu:

– Meu sobrinho, está muito frio lá fora e também está chovendo bastante.

O menino olhou surpreso e perguntou:

– Mas Padre, as pessoas não vão para o inferno até mesmo em dias de chuva?

O Padre respondeu:

– Meu sobrinho, eu não vou sair nessa chuva e com esse frio.

Triste, o menino perguntou:

– Mas eu posso ir? Por favor!

O Padre hesitou por um momento e depois disse:

– Meu sobrinho, você pode ir, mas tome cuidado. Aqui estão os folhetos.

– Obrigado, Padre. Eu vou então.

O menino saiu vestido com uma capa no meio daquela chuva; caminhou pelas ruas da cidade entregando os folhetos para todo mundo que via, além de ir batendo de porta em porta.

Depois de caminhar por duas horas sob a chuva, ele já estava quase todo molhado, mas faltava entregar o último folheto. Ele parou na esquina e procurou por alguém para entregar esse folheto, mas as ruas estavam totalmente desertas. Então, ele se voltou em direção a uma casa escolhida e caminhou pela calçada até a porta, tocou a campainha, mas ninguém respondeu. Tocou de novo, mas ninguém abriu a porta. Esperou um instante, mas não houve resposta.

E afinal, resolveu ir embora; porém, algo o deteve ali. Mais uma vez ele se virou para a porta, tocou a campainha e bateu bem forte na porta. Ficou esperando; tocou de novo e, desta vez, a porta se abriu bem devagar.

Veio uma senhora idosa com um olhar muito triste. Ela perguntou gentilmente:

– O que eu posso fazer por você, meu filho?

Com olhos radiantes e um sorriso que iluminou o mundo dela, este menino disse:

– Senhora, me perdoe se eu estou incomodando, mas eu só gostaria de dizer que Jesus Cristo te ama muito, e eu vim aqui para lhe entregar o meu último folheto, que lhe dirá tudo sobre Jesus e seu grande amor.

Então ele entregou o seu último folheto e se virou para ir embora. Ela o chamou e disse:

– Obrigada, meu filho! E que Deus te abençoe!

Bem, na manhã do dia seguinte na igreja, após a Santa Missa, o Padre estava no altar, e ele perguntou aos paroquianos:

– Alguém tem algum testemunho a dar ou algo a dizer?

Na última fila da igreja, uma senhora idosa se pôs de pé lentamente. Enquanto ia falando, um olhar luminoso transparecia em seu rosto.

– Ninguém me conhece nesta igreja, pois eu nunca estive aqui. Meu marido faleceu há algum tempo, deixando-me totalmente sozinha neste mundo. No Domingo passado, sendo um dia muito frio e chuvoso, eu tinha decidido no meu coração que eu chegaria ao fim da vida, pois eu não tinha mais esperança e nem vontade de viver. Então eu peguei uma corda e uma cadeira e subi as escadas para o sótão da minha casa. Eu amarrei a corda numa madeira no telhado, subi na cadeira e coloquei a outra ponta da corda em volta do meu pescoço. De pé naquela cadeira, tão só e de coração partido, eu estava a ponto de saltar, quando de repente um toque da campainha me assustou. E eu pensei:

– Vou esperar um minuto, e, quem quer que seja irá embora.

Eu esperei e esperei, mas a campainha era insistente; depois a pessoa que estava tocando também começou a bater bem forte na porta. E eu pensei:

– Quem neste mundo pode ser? Ninguém nunca toca a campainha da minha casa ou nem vem me visitar.

– Eu afrouxei a corda no meu pescoço, desci da cadeira e segui em direção à porta, enquanto a campainha soava cada vez com mais insistência.

– Quando eu abri a porta e vi quem era, eu mal pude acreditar, pois na minha varanda estava o menino mais radiante e angelical que jamais tinha visto em minha vida. O seu sorriso, eu nunca poderei descrevê-lo a vocês! As palavras que saíam da sua boca fizeram com que o meu coração que estava morto há muito tempo saltasse para a vida, quando ele exclamou:

– Senhora, eu só vim aqui para lhe dizer que Jesus Cristo te ama muito!

– Então, ele me entregou este folheto que eu agora tenho em minhas mãos.

– Conforme aquele menino desaparecia no frio e na chuva, eu fechei a porta e atenciosamente li cada palavra deste folheto.

– Então eu subi para o sótão para pegar a minha corda e a cadeira. Eu não iria precisar mais delas. Vocês estão vendo que eu agora sou uma feliz filha de Deus!

– Já que o endereço da igreja estava no verso deste folheto, eu vim aqui pessoalmente para dizer obrigado a este enviado de Deus que, no momento certo, livrou a minha alma de uma eternidade no inferno.

Na igreja, não havia quem não contivesse as lágrimas nos olhos.

Desde o presbitério, o padre desceu em direção da primeira fileira de bancos, onde o zeloso menino estava sentado. Tomou o seu sobrinho nos braços e chorou copiosamente.

* * *

Bem aventurados são os olhos que leem esta mensagem. Não deixe que ela se perca, leia-a de novo e passe-a adiante. E lembre-se: A mensagem de Deus pode fazer a diferença na vida de alguém próximo a você.

–Perdoe-me se eu estou perturbando, mas eu só gostaria de dizer que Jesus te ama muito, e eu me dirijo a você para lhe entregar o meu último folheto.

Compilado e reproduzido, com adaptações, por Andres Sierra.

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