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E se a guerra fosse amanhã?

Ameaças, avisos e ações. Caminhamos para uma guerra intercontinental?

Foto: Wikipedia

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Redação (02/07/2022 10:30, atualizado 03/07/2022 13:30 Gaudium Press) As recentes declarações proferidas pela OTAN e pela Rússia nos levam a perguntar, se, por acaso, não estamos vivendo dias muito parecidos aos que antecederam a 2ª Guerra Mundial. Será?

Tal pergunta, aliás, pode ser respondida pela fala do novo Comandante do Exército britânico, o General Sanders. Segundo ele, “nós somos a geração que deve preparar o exército para lutar novamente na Europa; vivemos momentos idênticos aos de 1937”.

Contudo, pelo andar da carruagem, tal comentário parece um pouco otimista…

Aumento de forças da OTAN

Em recente manifesto, afirmou o Secretário de Defesa Britânico: Agora mesmo a Rússia é a mais direta e contundente ameaça à Europa”. E suas medidas não ficaram apenas em palavras.

Com efeito, no dia 28 de junho, a OTAN decidiu expandir suas high-readiness-forces, de 40 mil integrantes para um efetivo superior aos de 300 mil, constituída sobretudo por paraquedistas, rangers, marines e outras unidades especiais; todas elas com um elevado nível de preparação. Seu objetivo seria suster, inicialmente, um possível ataque inimigo, dando tempo para uma ulterior intervenção mais potente e mecanizada.

Ora, o exército da Rússia está, ou melhor, estava constituído por mais de 1 milhão de efetivos, antes entrar em guerra contra a Ucrânia. Portanto, somente as high-readiness-forces da OTAN já superariam o contingente russo. O que teria, então, levado a OTAN a tomar semelhante atitude? Uma medida desmedida e exagerada? A bem dizer, creio que não.

Quiçá, a continuação da fala do Secretário de Defesa Britânico responda: “A Rússia não é o nosso único problema”; pois, em seguida, mencionou as demais ameaças: a China e terrorismo na África e no Irã.

Agora, pense o leitor: o que aconteceria se os países membros da OTAN entrassem em guerra contra Rússia, China, Irã e África? Acaso isso não seria mais que suficiente para detonar uma guerra intercontinental?

Uma ameaça financeira

Contudo, ademais das ameaças bélicas, o Ocidente ainda está se utilizando de outro meio para tentar deter a Putin: além de todas as sanções econômicas já aplicadas contra a Rússia, recentemente, a cúpula do G7 decidiu dar um passo mais ousado e, quiçá, provocante, proibindo a importação do ouro Russo. Ouro este que representa 5% do mercado mundial.

Fato curioso é que, no mesmo dia em que tal decisão foi tomada, Putin mandou bombardear Kiev. Mera coincidência?!

A Rússia, o que fará?

E o que faria a Rússia no caso de uma guerra em larga escala?

Por hora, ela parece revelar algo nesse sentido: na semana passada, o general russo – agora nomeado legislador – Andrei Gurulyov, afirmou quais seriam seus primeiros alvos: “Destruiremos todo o grupo de satélites espaciais do inimigo durante a primeira operação aérea”. E acrescentou: “Ninguém vai se importar se são americanos ou britânicos; veríamos todos eles como OTAN. Segundo, vamos mitigar todo o sistema de defesa antimísseis, em todos os lugares e [em] 100%”. E ainda nomeou seu alvo: “Terceiro, certamente não partiremos de Varsóvia, Paris ou Berlim. A primeira a ser atingida será Londres. Está claro que a ameaça ao mundo vem dos anglo-saxões”.

Palavras ousadas, recobertas de pólvora…

Qual o tamanho do pavio?

Se bem analisados, os recentes acontecimentos trazem consigo uma inquietante questão: nesses termos, já não se trata de saber se haverá uma grande guerra ou não, mas trata-se de saber exatamente quando será esta grande guerra.

Destarte, a conjuntura dos fatos é inegável, visto que os ânimos estão bastante aquecidos, e os avisos e ameaças vêm se multiplicando…

Em síntese, o pavio preparatório de uma grande guerra já está aceso; resta saber quando tempo ele ainda tem para queimar, antes de explodir.

Só podemos rezar para que a Providência tão logo nos auxilie… pois, se de fato uma guerra começasse amanhã, você estaria preparado?

Por Ambrósio de Carvalho

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