Gaudium news > China: um ano da detenção arbitrária do Bispo de Xinxiang

China: um ano da detenção arbitrária do Bispo de Xinxiang

Em 21 de maio de 2021, o bispo foi detido em uma grande operação policial na qual participaram 100 policiais de Cangzhou, Hejian e Shaheqiao.

Foto: AsiaNews

Foto: AsiaNews

Redação (23/05/2022 20:12, Gaudium Press) Mons. Joseph Zhang Weizhu, bispo de Xinxiang (Henan), completa um ano detido, sem nenhuma acusação formal. Ele cometeu um “pecado” imperdoável para o sinédrio comunista chinês: o bispo de Xinxiang não aderiu à Igreja Patriótica Chinesa e, seguindo seu exemplo, vários de seus sacerdotes fizeram o mesmo.

Em 21 de maio de 2021, o bispo foi detido em uma grande operação policial na qual participaram 100 policiais de Cangzhou, Hejian e Shaheqiao. O prelado acabara de passar por uma cirurgia de câncer.

Com Mons. Weizhu, alguns seminaristas também foram retidos e depois autorizados a voltar a suas casas, mas foram proibidos de retomar seus estudos teológicos. Os sacerdotes libertados foram submetidos a algumas “sessões políticas”. As autoridades chinesas estão desrespeitando sua própria lei que proíbe manter uma pessoa sem acusação por mais de três meses.

Apenas dois membros de sua família o visitaram

O bispo não pôde ir para casa durante o Ano Novo Lunar (que neste ano caiu em 1º de fevereiro), o que é uma ocorrência frequente. Apenas dois membros de sua família puderam visitá-lo nessa ocasião, por alguns minutos e na presença de um funcionário. Os fiéis expressam preocupação pela sua saúde física e psíquica.

De acordo com os regulamentos mais recentes sobre Atividades Religiosas, ritos e escolas, inclusive as de teologia, só são permitidos em locais registrados e controlados pelo governo; os ‘religiosos’ só podem exercer suas funções se aderirem à Igreja “independente” e se submeterem ao Partido Comunista.

Até agora, não se conhece nenhum pronunciamento do Vaticano sobre essa detenção arbitrária. A renovação do acordo sino-vaticano está pendente para outubro, que, embora desconhecido, recebe inúmeras críticas – entre outros motivos – por não impedir esse tipo de abuso.

Com informações Infocatolica.

Deixe seu comentário

Notícias Relacionadas