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China: 10 sacerdotes detidos na Diocese de Baoding

A perseguição a esta diocese se deve ao fato dela não querer aderir à Igreja patriótica chinesa.

Padres Yang Jianwei e Zhang Chunguang – Foto: AsiaNews

Padres Yang Jianwei e Zhang Chunguang – Foto: AsiaNews

Redação (04/05/2022 18:34, Gaudium Press) Que em uma diocese haja 10 sacerdotes detidos neste ano de 2022 é algo que só pode ser qualificado como perseguição religiosa. E isso, em um país com o qual a Santa Sé tem um acordo, aliás, secreto.

Estamos nos referindo à Diocese de Baoding, na China, anteriormente conhecida como Baozhou e Quingyuan, localizada na província central de Hebei, 150 quilómetros a sudoeste de Pequim, segundo o relatório da Ajuda à Igreja que Sofre, referido pela Infocatolica.

Esses sacerdotes são submetidos à técnica de prisão “guanzhi”, que é uma mistura de restrições de mobilidade e atividades junto a sessões políticas, não de política internacional, é claro, mas de doutrinação comunista.

São estes os clérigos presos pelos representantes do governo em janeiro passado: Pe. Chen Hechao, Pe. Ji Fu Hou, Pe. Maligang, Pe. Yang Guanglin; Pe. Shang Mancang foi preso em abril; Pe. Yang Jianwei e Pe. Zhang Chunguang (ver foto); Pe. Zhang Zhenquan; Pe. Yin Shuangxi e Pe. Zhang Shouxin.

A lei permite às autoridades este tipo de detenção “suave” “guanzhi” pelo modesto período de tempo de… três anos, sem a necessidade de apresentação de acusações. Mas não há nada de ‘suave’ neste assédio, e, por isso, os fiéis temem, como aconteceu no passado, que os presbíteros apareçam mortos ou gravemente doentes.

Acontece que a comunidade católica de Baoding é uma das “clandestinas”, daquelas que não aderiram à Associação Patriótica Chinesa e, portanto, não se submeteram ao jugo do Partido Comunista desse país. Com efeito, Mons. Jaime Su Zhimin, bispo desta diocese, depois de ter passado mais de 40 anos em trabalhos forçados sob o regime de Mao Tse-Tung, agora está há 25 anos nas mãos da polícia.

A congregação não só pede orações pelo bispo, mas também pelo Pe. Liu Honggeng, que está preso há sete anos.

Esta comunidade não oficial está dividida, pois o vigário de Mons. Su, Francisco An Shuxin, decidiu se unir à Igreja oficial.

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