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São Cosme e São Damião

Dia 26 de setembro, a Igreja lembra a memória de São Cosme e São Damião, ambos irmãos de sangue e na fé; são considerados os padroeiros dos médicos e dos farmacêuticos.

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Redação (26/09/2021 07:55, Gaudium Press) Como explicar o fato de os dois irmãos não morrerem, ao serem condenados à pena de morte por lapidação – os assistentes lançam pedras contra os réus? Certamente foi por um milagre que as pedras se voltavam contra aqueles que as jogavam.

Ou então o que comentar sobre a maldade dos homens que, vendo tal milagre, decidiram matá-los com flechadas e receberam, como castigo, que as flechas lançadas sobre os dois santos se voltassem contra os que as lançavam?

Mesmo assim, os corações desses homens estavam mais duros do que as pedras lançadas com o intuito de matá-los…

Por que matá-los?

Imaginemos andar o dia inteiro com uma pedra dentro do sapato que a cada vez que pisamos no chão sentimos aquele incômodo que não nos deixa em paz. O mesmo se dá quando alguém virtuoso está na presença de pessoas más, as quais se sentem como que atormentadas constantemente por uma pedra no sapato.

Com efeito, aquele que é verdadeiramente bom, diante do mal, toma logo uma posição de censura e fará de tudo para reverter a situação. No caso de São Cosme e São Damião, a presença deles incomodava aqueles pagãos.

Depois de várias tentativas frustradas de martirizá-los, foram obrigados a recorrer à espada para a decapitação; honra reservada só aos cidadãos romanos, pois eles eram da região da Síria.

Assim, foram mortos sob as ordens do imperador Diocleciano.

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Por caridade

Os dois mártires eram médicos e curavam não somente pessoas, mas até os animais. Ambos faziam isto apenas por caridade, não aceitando qualquer recompensa.

Conta-se que, em uma das curas feitas por São Damião, este aceitou a contribuição financeira de uma mulher de nome Paládia, curada por ele. Isto provocou uma séria repreensão de seu irmão, São Cosme, a ponto de dizer que não queria ser enterrado junto com o irmão que rompeu o compromisso de caridade.

Após a morte de ambos, os cristãos decidiram enterrá-los separadamente, cumprindo a vontade de S. Cosme. Porém, milagrosamente, um camelo assumiu a voz humana e bradou para unirem os irmãos, pois S. Damião, aceitando o modesto honorário oferecido por Paládia, fizera-o em nome da caridade para não humilhar a pobre senhora.

Rezemos a estes dois grandes santos e peçamos que nos curem também de toda enfermidade corporal, mas sobretudo das moléstias espirituais, as quais são muito mais graves que as físicas.

De fato, as físicas fazem mal ao corpo, e as espirituais fazem mal a alma, a qual permanece viva após a morte.

Que eles nos deem a força de alma para enfrentarmos as dificuldades da vida presente e que, por sua intercessão, gozemos das alegrias eternas.

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