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Faleceu Arcebispo Emérito de Caracas, Cardeal Urosa

Muito amado pelo povo, Cardeal Urosa foi um crítico ferrenho do regime de seu país.

Cardenal Urosa 1

Redação (24/09/2021 10:50, Gaudium Press) Ontem, dia 23 de setembro, faleceu o Cardeal Jorge Urosa Savino, Arcebispo Emérito de Caracas, que estava internado na UTI devido a Covid.

“A Conferência Episcopal da Venezuela com dor e esperança notifica o falecimento de Sua Eminência o Cardeal Jorge Urosa Savino, Arcebispo Emérito de Caracas. Pedimos a Deus que lhe conceda o descanso eterno e a recompensa de gozar a bem-aventurança eterna”, comunicou o episcopado via Twitter.

O cardeal tinha 79 anos e havia recebido os últimos sacramentos no dia 12 de setembro passado. Estava hospitalizado desde 28 de agosto.

Além de seu enorme trabalho pastoral, todos se lembram do Cardeal por ter sido um enérgico crítico do governo de Maduro.

Por exemplo, em declarações ao jornal El Nacional em novembro passado, o cardeal falou sobre o “terrível” estado em que se encontrava seu país e da necessidade de uma mudança de regime para a Venezuela.

“Não querem sair agora porque se agarram ao poder, parece que eles não se importam com o sofrimento que estão causando ao povo, com o sofrimento de tantas pessoas que têm de partir”, disse o Cardeal na ocasião.

“O governo continua representando uma farsa, um diálogo desonesto para ganhar tempo e rejeita totalmente o que está no centro e na raiz dos problemas, que é a incapacidade do atual presidente de governar”, declarou então.

Dados biográficos

O cardeal Jorge Urosa obteve o doutorado em Teologia Dogmática pela Pontifícia Universidade Gregoriana. Depois de ter sido Reitor do Seminário San José de Caracas, foi nomeado por João Paulo II Bispo Auxiliar daquela cidade, em 3 de julho de 1982.

Em 1990, foi nomeado Arcebispo de Valência e, em 19 de setembro de 2005, Arcebispo de Caracas.

Dom Urosa Savino foi feito Cardeal da Igreja por Bento XVI no consistório de 24 de março de 2006.

Num gesto comovente e na iminência de entrar na UTI, o Cardeal escreveu uma carta de despedida, na qual fazia “uma breve declaração de amor a Deus e à Igreja, e ao povo venezuelano”.

“Sinto-me imensamente feliz por ter sido sacerdote, por viver a minha vocação com grande entusiasmo. Tive a sorte e a bênção de que Deus me conduziu por caminhos insuspeitados de serviço e de responsabilidades muito elevadas na Igreja, pelo que estou profundamente grato”, afirmou o Cardeal na carta.

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