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Queijos de Minas Gerais: 40 medalhas em concurso francês que reúne os melhores do mundo

Nestes e noutros fatos comprovamos o quanto o potencial (não só culinário) do povo brasileiro é muito menos valorizado e considerado do que deveria. De quantas maravilhas ele não será capaz se souber explorar – no bom sentido da palavra – suas capacidades nas mais diversas áreas da atividade humana!

Cheese platter

Redação (24/09/2021 09:54, Gaudium Press) Já é fato incontestável: a subestima dos produtos nacionais e o generalizado clichê de que os alimentícios importados são os únicos dignos de real consideração estão ficando para trás.

Na 5° edição do “Mondial du Fromage et des Produits Laitiers de Tours”, concurso organizado pela Guilde Internationale des Fromagers que acontece de 12 a 14 de setembro e que promove premiações, palestras e encontros de profissionais do setor dos lácteos, foram concedidas nada menos que 57 medalhas aos produtores brasileiros. Assim, o Brasil ficou apenas atrás da França na quantidade das medalhas recebidas.

Minas Gerais foi o estado mais premiado

A organização da SerTãoBras, voltada para trabalhadores rurais, organizou a entrada dos 183 participantes dos estados de Minas Gerais, São Paulo, Paraná, Pará, Mato Grosso do Sul e Goiás. No total foram 900 queijos de 46 países diferentes que concorreram às 331 medalhas do concurso; e com as 57 vitórias, os brasileiros conquistaram quase 20% dos prêmios.

Com 40 medalhas, a terra de Aleijadinho foi a mais premiada. Veja a lista dos queijos do sul de Minas Gerais que foram premiados no concurso:

Queijo Santa Casamenteiro – Super Ouro

Queijo a Lenda – Ouro

Queijo Manto da Serra – Prata

Queijo Serra da Mantiqueira – Bronze

Queijo Artesanal Fazenda Bela Vista – Renato de Souza e Thaylane – Ouro

Queijo Alagoa Fumacê – Márcio Martins de Barros – Prata

Queijo Araucária – Batista Dias Pinto – Prata

Queijo Garrafão – Rita de Cássia – Prata

Queijo Art Alagoa – Leandro Siqueira – Bronze

Queijo Bicas da Serra – José Orlando Ferreira Jr. – Bronze

Queijo Marandu – Cláudia Mendonça Camargo – Bronze

Tendo recebido a maior medalha do concurso, o Queijo chamado “Santo Casamenteiro” é produzido em Cruzília – MG. Elaborado num processo artesanal, leva em sua receita a base do Queijo Azul de Minas Cruzília e é recheado com damasco, nozes e cream cheese, recebendo uma decoração que torna a iguaria semelhante a um bolo de casamento.

Outra iguaria premiada foi o queijo “A Lenda”, que recebeu medalha de ouro. Conta-se que a receita teve origem num frasco de fermento encontrado dentro de um cofre no ano de 2009, numa antiga fábrica adquirida pela Cruzília. Envolvendo o frasco estava um pergaminho dinamarquês que continha uma receita de queijo, posteriormente desenvolvida pelos mestres queijeiros da Cruzília Laticínios, resultando num produto de sabor e textura singulares, levemente adocicado de interior macio.

A cidade de Alagoa, tradicional pela produção de queijo artesanal, foi premiada com cinco medalhas: os produtores da cidade conquistaram uma medalha de ouro, três de prata e uma de bronze.

Um potencial que deve ser valorizado e explorado

Flávia Rogoski, diretora administrativa da SerTãoBras, afirmou: “A intenção da SertãoBras em levar esse queijo para esse concurso é qualificar a qualidade de produção que a gente tem e fazer com que os brasileiros entendam que o nosso produto é tão bom quanto o importado e que a gente está tendo uma criatividade muito grande na nossa produção, tanto que consegue chegar em um concurso mundial como esse e receber entre todos esses que participaram, com mais de 900 queijos, receber 57 medalhas”.

Nestes e noutros fatos comprovamos o quanto o potencial (não só culinário) do povo brasileiro é muito menos valorizado e considerado do que deveria. De quantas maravilhas ele não será capaz quando se souber explorar – no bom sentido da palavra – suas capacidades nas mais diversas áreas da atividade humana!

Por João Paulo Bueno

Fonte: G1/Globo.

 

 

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