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O invencível auxílio de Jesus

Quem se deixar dominar pelo temor, confiando mais em suas próprias forças do que em Jesus Cristo, será derrotado.

Julius Huth Lotsenboot bei dem Leuchtturm von Cordouan vor der Garonne Mundung

Redação (30/07/2021 13:43, Gaudium Press) Ao longo de nossa caminhada rumo ao Reino eterno, sempre acontece, mais cedo ou mais tarde, diminuir-nos o fervor ou, às vezes, até sua sensibilidade chegar à estaca zero. E, assim, somos provados em nossa Fé.

Ai de nós, se nessas circunstâncias nos esquecermos de que tudo quanto temos de bom vem de Deus! Se à primeira tentação perdermos o entusiasmo e a confiança, acabaremos por sentir a lei da gravidade cobrando o peso de nossa própria miséria: infalivelmente pereceremos.

A única solução para nós, nessa hora, será imitarmos São Pedro, gritando: “Senhor, salva-me!”. São Pedro dava-se bem conta de quanto era inútil sua grande experiência de navegação, em meio àquela procela.

Nunca falta o auxílio de Deus, mas a nossa Fé

O espírito dos discípulos era limitado, como o de seus compatriotas. Seus corações ainda estavam cegos, a ponto de não tirarem todas as consequências na linha do sobrenatural, com base na Fé, dos fatos que iam-se dando ao longo da vida pública de Nosso Senhor.

Ao dar de comer àquela multidão, com base em tão diminuto número de pães e peixes, demonstrou Jesus seu poder sobre o alimento, fato, aliás, já comprovado nas bodas de Caná.

Descendo do monte, após ter passado a noite em oração, mostrou seu domínio sobre as águas, os ventos e as ondas em agitação.

E ao servir-Se desses elementos para deslocar-Se ao encalço dos Seus discípulos, manifestou também o quanto Sua onipotência se aplica ao Seu Sagrado Corpo.

Aqui há um paralelo com aqueles que se guiam mais pelos sentidos e pela imaginação do que pela Fé e pela razão. Só depois de todas as realizações saídas das mãos do Salvador, é que eles se prosternam e O adoram, louvando-O em sua Filiação Eterna e Divindade.

A sensibilidade de Suas testemunhas estava, assim, preparada para a revelação sobre a Eucaristia, que em breve seria feita.

“Senhor, salva-me!”

De outro lado, a barca, sacudida pela tempestade, transportando Seus Apóstolos, bem poderia ser a imagem da Igreja em luta, nos mares deste mundo, em plena noite, visando desembarcar nas margens do Reino Eterno.

Ela é invencível porque nessa solidez foi erigida pelo seu Fundador e, por isso, resiste a todas as forças que contra ela se insurgem.

Sobre a montanha de Deus, encontra-Se a sós, rezando, Jesus. E, nos momentos mais críticos, surge Ele em auxílio da humana debilidade dos Seus.

Nada se constituirá em obstáculo para aqueles que pedirem o seu amparo. Trata-se de saber o que pedir.

Quem se deixar avassalar pelo temor, face aos riscos e ameaças, confiando mais em suas próprias forças do que em Jesus Cristo, será derrotado.

Pelo contrário, armando-se de robusta e inquebrantável Fé, tudo poderá. Apesar dos pesares, se alguém que está próximo de Jesus sentir a impotência de sua natureza, um grito de socorro será suficiente para que Ele lhe estenda a mão e o leve à barca.

Do pânico à salvação

Subindo na barca, os elementos se acalmarão por sua simples presença e, ao fim desta existência, aportará nas praias da Eternidade.

Ao desembarcar, entenderá com enorme consolação o papel dAquela que em certo momento recomendou: “Fazei tudo o que Ele vos disser” (Jo 2, 5).

Não é sem sabedoria e propósito que Santo Hilário afirmou:

“E quando vier o Senhor, encontrará sua Igreja cansada e rodeada dos males que o Anticristo e o espírito do mundo suscitarão. E como os costumes do Anticristo impelirão os fiéis a todo gênero de tentações, eles terão medo até da vinda de Cristo, pelo temor que o Anticristo lhes infundirá por meio das falsas imagens e fantasmas que lhes apresentará. Mas o Senhor, que é tão bom, afasta deles esse temor, dizendo: ‘Sou Eu’, e afasta, pela fé em sua vinda, o iminente perigo”.

Mons. Scognamiglio João Clá Dias, EP

Texto extraído, com adaptações, da Revista Arautos do Evangelho n.80, agosto 2008.

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