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Continua a perseguição à imprensa livre em Hong Kong

Hoje foi negada a liberdade sob fiança a quatro jornalistas do Apple Daily.

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Redação (22/07/2021 15:34, Gaudium Press) A perseguição à imprensa continua em Hong Kong, cada vez menos em seu “próprio sistema” e cada vez mais no mais autêntico sistema comunista chinês. É como se as autoridades desta “região administrativa especial” quisessem antecipar os próprios desejos do “politburo” chinês.

Após a prisão de Jimmy Lai, fundador do Apple Daily, de seu editor Cheung Kim-hung e do editor-chefe Ryan Law, houve também a detenção do editor associado Chan Pui-man, do editor do site em inglês Fung Wai-kong, do colunista Yeung Ching-kei e do ex-editor-chefe Lam Man-chung, este último preso ontem. Esses quatro homens-chave da empresa tiveram hoje a fiança negada e terão que esperar o início do julgamento na prisão, que começará em setembro. Eles são acusados de conspirar com as forças estrangeiras para impor sanções a Hong Kong e à China.

O Apple Daily fechou em 24 de junho, em meio à perseguição.

Em abril deste ano, a Gaudium Press relatou a sentença de prisão de 12 meses do fundador do Apple Daily Jimmy Lai, um católico e magnata que fez fortuna na indústria de vestuário, e que mais tarde se envolveu em comunicação, fundando o Next Digital, que publicava o Apple Daily, um jornal amplamente lido e crítico das autoridades de Hong Kong e dos comunistas continentais. Lai foi um dos promotores dos protestos pró-democracia na ilha, em 2019.

Lai agora saberá que outros quatro de seus assessores foram também presos.

Outra mídia censurada

Mas é claro que o Apple Daily não é a única mídia sob ataque em Hong Kong.

A Asia News informa que, em uma carta circular emitida em 20 de julho, a direção da emissora pública de televisão da cidade, RTHK, proibiu seus jornalistas de usar termos que considera “inapropriados” tais como: “presidente ou governo de Taiwan”. Essas expressões são consideradas contrárias ao “princípio de uma só China” — invocado pelo governo central comunista em suas relações com Taiwan, uma ilha que os comunistas consideram como uma mera província “rebelde”.

Também hoje, a Polícia de Segurança Nacional prendeu cinco sindicalistas acusados de fazer circular livros infantis “sediciosos”. A União Geral de Fonoaudiólogos de Hong Kong publicou uma série de contos intitulados “Sheep Village Guardian” como um meio para ajudar os pais e professores a explicar às crianças de cinco a oito anos “os eventos de 2019 em Hong Kong”; eventos que desencadearam a draconiana medida repressiva de segurança ordenada por Pequim em junho de 2020.

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