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A Eucaristia é o pão dos pecadores, define Papa no Angelus

Na Última Ceia, Jesus nos doa o maior presente enquanto sente em seu coração a maior dor: o discípulo que come com ele, o está traindo.

Na Última Ceia, Jesus nos doa o maior presente enquanto sente em seu coração a maior dor: o discípulo que come com ele, o está traindo.

Cidade do Vaticano (07/06/2021, 11:20, Gaudium Press) Ao rezar a Oração Mariana do Angelus, na Praça São Pedro, neste domingo, 06/06, quando em Roma se celebra a Solenidade do Corpo e Sangue de Cristo, o Papa Francisco tratou do Evangelho proposto pela liturgia para este dia.

O Papa recordou, então, o relato da Última Ceia, acentuando que as palavras e os gestos de Nosso Senhor tocam os nossos corações:
“Ele toma o pão em suas mãos, pronuncia a bênção, parte-o e entrega-o aos discípulos, dizendo: “Tomai, este é o meu corpo”.

Com simplicidade, Jesus nos doa o maior dos Sacramentos

Francisco comentou que: “com simplicidade, Jesus nos doa o maior dos sacramentos. É um gesto humilde de dom, um gesto de partilha.

No auge de sua vida, ele não distribui pão em abundância para alimentar as multidões, mas se parte na ceia pascal com os discípulos.

(…) Encontramos a grandeza de Deus num pedaço de Pão, numa fragilidade que transborda amor, transborda partilha. Fragilidade é exatamente a palavra que eu gostaria de sublinhar:
Jesus se torna frágil como o pão que se parte e se esmigalha. Mas é ali que está a sua força, na fragilidade.

Na Eucaristia a fragilidade é força: força do amor que se faz pequeno para ser acolhido e não temido; força do amor que se parte e se divide para nutrir e dar vida; força do amor que se fragmenta para nos reunir na unidade.

Em suas palavrar o Pontífice afirmou que “há outra força que se destaca na fragilidade da Eucaristia: a força de amar quem erra. É na noite em que ele é traído que Jesus nos dá o Pão da Vida”.

Não tenham medo. “Tomai e comei”: a Eucaristia é o Pão dos pecadores

Francisco continua a tratar do Evangelho do dia. Ele comenta, então que “Jesus nos doa o maior presente enquanto sente em seu coração o abismo mais profundo: o discípulo que come com ele, que imerge o bocado no mesmo prato, o está traindo. E a traição é a maior dor para quem ama”.

O Papa pergunta:
“E o que Jesus faz? Ele reage ao mal com um bem maior. Ele responde ao “não” de Judas com o “sim” da misericórdia. Não castiga o pecador, mas doa sua vida por ele, paga por ele.
Quando recebemos a Eucaristia, Jesus faz o mesmo conosco:
Ele nos conhece, sabe que somos pecadores e sabe que erramos muito, mas não renuncia a unir sua vida à nossa. Ele sabe que precisamos, porque a Eucaristia não é o prêmio dos santos, mas o Pão dos pecadores. Por isso, nos exorta: Não tenham medo. “Tomai e comei”.

Jesus não tem medo de nossas misérias, nos cura com a Eucaristia

Francisco disse que “cada vez que recebemos o Pão da vida, Jesus vem para dar um novo sentido às nossas fragilidades. Ele nos lembra que, aos seus olhos, somos mais preciosos do que pensamos. Ele nos diz que fica feliz se partilhamos nossas fragilidades com Ele. Ele nos repete que sua misericórdia não tem medo de nossas misérias. A misericórdia de Jesus não tem medo de nossas misérias”.

O Pontífice, para concluir, rezou:  

“Que a Virgem Santa, na qual Deus se fez carne, nos ajude a acolher com coração agradecido o dom da Eucaristia e a fazer também de nossa vida um dom. Que a Eucaristia faça de nós um dom para todos”, concluiu. (JSG)

(Com informações e foto Vatican News)

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