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Diário do Cardeal Pell: preso com um terrorista muçulmano e assassino famoso

No próximo dia 13 de maio, será lançada a edição italiana do livro do Cardeal Pell na prisão.

Foto Centro D Bosco

Foto Centro D. Bosco

Redação (11/05/2021 09:40, Gaudium Press) Pouco depois da absolvição definitiva do Cardeal George Pell, o único acusador que permaneceu vivo – dos dois rapazes do coro que supostamente haviam sido abusados pelo então arcebispo de Melbourne em 1996 – declarou: “As decisões no sistema de justiça criminal são ponderadas”. “Respeito a decisão do Supremo Tribunal. Aceito o veredicto”, disse este acusador anônimo através de seu advogado.

De fato, em um ambiente carregado contra a Igreja, as duas instâncias inferiores falharam injustamente contra o Cardeal; eles não tinham ‘ponderado muito’ sua decisão, e foi apenas o Supremo Tribunal, em decisão unânime de 7 juízes, que lhe fez  justiça.

Não era difícil provar a inocência do Cardeal. O purpurado havia supostamente abusado de dois menores quando estava tirando os paramentos litúrgicos na Catedral, em uma sacristia que permanecia aberta. Bastava um mero “perito processual” para desmantelar a acusação. No entanto, segundo afirma o professor emérito de Oxford, John Finnis, neste caso o ônus da prova foi invertido e coube ao Cardeal provar sua inocência.

Tudo ocorreu, em grande parte, devido a um ambiente criado pela fanática mídia, que constantemente o pintava como o “monstro”, embora também seja verdade que os reais e muitos abusos sexuais do clero no país australiano já predispunham a opinião para acreditar em falsidades contra o purpurado.

Trechos do diário

Enquanto que na língua inglesa, e editado pela Ignatius Press, o volume I dessas memórias na prisão já está disponível e o segundo e terceiro volumes são difundidos em entregas semanais, o primeiro volume em italiano, editado por Cantagalli será lançado no próximo dia 13 de maio.

Ele relata como o Cardeal passou mais de um ano na prisão, com as moléstias próprias à sua idade, em uma cela, com o serviço de mesa de plástico, uma televisão, algumas revistas, um volume de Guerra e Paz de Tolstoi, sem a possibilidade de celebrar missa. E quando era transportado com algemas e correntes nas pernas, ele sabia que era uma vítima sacrifical de um processo contra a Igreja Católica.

Il Foglio, em primeira mão, revela alguns dos textos do diário do Cardeal Pell em italiano:

“Duas palavras sobre o meu alojamento na cela 11, unidade 8 da Prisão de Avaliação de Melbourne, onde estou recluso com um terrorista muçulmano (acho que é isso porque canta suas orações, mas também posso estar errado) e Gargasoulas, o Assassino da Rua Bourke. Na verdade, eu não os conheço. Pelo menos alguns detentos, de cerca de uma dúzia de quartos, muitas vezes gritam desesperados à noite, mas geralmente não muito”.

“É interessante notar como se pode se acostumar com esse ruído e como logo ele se torna parte do contexto. Estou em isolamento, mas posso me exercitar por até uma hora e receber visitas de advogados, autoridades, amigos, médico, etc. Quanto à simpatia, os guardas não são todos iguais, mas todos são corretos, muitos amáveis e alguns prestativos”.

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