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O “Doutor do Pobres” será beatificado dia 30, em Caracas

O Doutor dos Pobres, viu que Deus o chamava para santificar-se como leigo. Tornou-se terciário franciscano e médico que reconhecia o rosto de Jesus em cada doente.

O Doutor dos Pobres, viu que Deus o chamava para santificar-se como leigo. Tornou-se terciário franciscano e médico que reconhecia o rosto de Jesus em cada doente.

Redação (15/04/2021, 16:40,  Gaudium Press) O Servo de Deus José Gregório Hernández, conhecido entre os católicos da Venezuela como o “Doutor dos Pobres”, será beatificado na capital Caracas no próximo dia 30 de abril em uma cerimônia que será presidida pelo Cardeal Pietro Parolin, ex-Núncio Apostólico em Venezuela e atual Secretário de Estado da Santa Sé.

A beatificação de José Gregório Hernández, cuja festa litúrgica será no dia 26 de outubro -data de seu nascimento-, acontecerá no Estádio Universitário da Universidade Central da Venezuela, casa de estudos em que se formou, foi professor, pesquisador e inovador da medicina na Venezuela.

Em 19 de junho de 2020, o Papa Francisco autorizou o decreto, promulgado pela Congregação para as Causas dos Santos, em que se pedia a beatificação de José Gregório Hernández, que em seu país era conhecido por ajudar com seus conhecimentos e serviços as pessoas mais necessitadas.

Os venezuelanos reconhecem o extraordinário trabalho do médico que lutou arduamente contra a gripe espanhola.

Momento oportuno para a beatificação do Doutor dos Pobres

A respeito deste evento de graça para o povo venezuelano, Dom Baltazar Porras, Arcebispo de Mérida e Administrador Apostólico de Caracas, lembrou que a notícia chega em um momento particularmente oportuno.

Ele aludia ao fato de o país estar passando pela grave pandemia de Covid-19, que nessa nação já deixou um rastro de mais de 1.500 mortos até agora. 

Dom Baltazar Porras explicou que no dia 30 de abril os serviços religiosos serão celebrados em todas as regiões da Venezuela, e cada diocese do país receberá um relicário do novo beato, enquanto se prepara outra celebração –ainda sem data definida– na cidade andina de Isnotú, estado de Trujillo, onde o novo Beato nasceu em 1864.

Quem foi o futuro Beato José Gregório Hernández

José Gregório Hernández Cisneros (1864-1919), nasceu em Isnotú, no estado andino de Trujillo.
Graduou-se em Medicina na cidade de Caracas, capital da Venezuela, e aprofundou seus estudos médicos em Paris, Berlim, Madri e Nova York.

Tornou-se cientista e professor universitário. Foi ele um dos primeiros a introduzir o microscópio na Venezuela e é o fundador e patrono da Cátedra de Bacteriologia da Universidade de Caracas.

José Gregório teve sempre uma rogbusta Fé que o caracterizou por toda a vida.
Para ele, a medicina era uma missão que ele exercia especialmente para favorecer os mais necessitados.
Ele oferecia gratuitamente seus préstimos médicos a pessoas sem recursos e também lhes fornecia remédios gratuitamente. Por isso, passou a ser conhecido como o “Doutor dos pobres”.

José Gregório tinha uma forte vocação religiosa: no início queria ser monge e foi para a Itália em 1908, onde ingressou na Comunidade de Certosa di Farneta, na província de Lucca. No entanto, ele teve que voltar para casa por motivos de saúde. 

Ele tentou novamente, alguns anos mais tarde, a voltar para a vida religiosa e chegou a iniciar os estudos teológicos no Colégio Pio Latino americano de Roma, mas adoeceu novamente.

Vocação leiga para santificar-se no mundo e dar exemplo de virtude a todos

Ele compreendeu, então que Deus o chamava à vida leiga e tornou-se um terciário franciscano e desenvolvia o modo de ser de São Francisco de Assis, que reconhecia o rosto de Jesus em cada doente.

O chamado “Doutor dos Pobres” tratou bravamente os pacientes durante a epidemia de febre espanhola. 

“Oh, Virgem Santa!” Essas foram as últimas palavras que ele pronunciou

Em 29 de junho de 1919, enquanto se dirigia à farmácia para comprar remédio para uma senhora idosa, foi atropelado por um carro e levado ao hospital, onde recebeu a Unção dos Enfermos. 

Ele morreu dizendo estas palavras: “Oh, Virgem Santa!”  (JSG)

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