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“Cidade Fantasma” é recuperada pelo exército: até quando?

Padre Chamboco, Pároco de Palma, não sabe o que foi feito com seus fiéis e pede orações afirmando: “Temos que rezar e confiar em Deus”.

Padre Chamboco, Pároco de Palma, não sabe o que foi feito com seus fiéis e pede orações afirmando: “Temos que rezar e confiar em Deus”.

Maputo (08/04/2021, 14:45, Gaudium Press) “Uma cidade fantasma”, é como descrevem os refugiados evacuados de Palma, uma cidade localizada ao norte de Moçambique que contava com uma população de 50.000 habitantes antes de ser atacada por um comando de terroristas jihadistas, no último dia 24 de março.

A Agência Fides, informou que a Agência das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR) informa que, pelo menos, 11.000 pessoas fugiram da área de Palma e milhares estão presas pela região ou refugiadas pelas matas, não se sabe.

De acordo com o ACNUR, desde o dia 24 de março, após o atentado, civis em fuga de Palma chegam a Pemba, Nangade, Mueda e Montepuez a pé e de barco. Os voos humanitários que ajudaram a evacuar centenas de pessoas foram suspensos.

As notícias são escassas uma vez que as comunicações telefônicas e através da Internet ainda não estão funcionando.

Sem saber que fim tiveram seus paroquianos em Palma, Padre Chamboco, preocupado, pede orações 

Palma fica próxima de Pemba e a diocese se mobilizou para ajudar os deslocados de Palma que encontraram refúgio na área.

O Padre Antônio Chamboco, que era pároco de Palma há cerca de um ano, não se encontrava na cidade quando se iniciou o atentado. Chamboco está profundamente preocupado com a falta de informação sobre o paradeiro dos fiéis: o sacerdote não sabe onde estão seus paroquianos.

O Sacerdote pediu que se rezasse para que a experiência da Semana Santa e da Páscoa traga alívio a estas pessoas que tem mais este sofrimento neste momento:
“Temos que rezar e confiar em Deus. Pedir que ele possa ajudar e aliviar todo este problema que está acontecendo na província de Cabo Delgado”.

 Uma onda de terrorismo crescente que pode atingir a mais de 1 milhão de vítimas em breve

Os últimos três anos de violência no norte de Moçambique causaram o deslocamento interno de quase 700.000 pessoas, a maioria delas no último ano. Porém, este número pode ultrapassar um milhão de pessoas em junho deste ano, se a violência atual não for estancada.

O exército moçambicano anunciou que recuperou o controle da cidade Palma e que parte da população está regressando a suas casas no região que permanece como zona militarizada.

Entretanto, foi anunciado nos próximos dias um encontro de líderes da África Austral na capital moçambicana, Maputo, para tentar traçar planos para fazer face à crescente ameaça do terrorismo em toda a região. (JSG)

(Foto Fides)

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