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A dor e o amor a Deus

Que Nossa Senhora nos dê forças para carregar a cruz de cada dia com Jesus Cristo, que quis levá-la primeiro em nosso lugar, sem merecê-la, só por puro e verdadeiro amor aos homens, os quais correspondemos com ingratidão e desprezo.

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Redação (29/03/2021 11:51, Gaudium Press) Onde está, ó morte, a tua vitória? Onde está, ó morte, o teu aguilhão?”

Fazendo eco a essas palavras de São Paulo na primeira Epístola aos coríntios, a Semana Santa se refere à Paixão do Senhor, proclamando que os tormentos por Ele sofridos transformaram-se em glória e esplendor.

Ao triunfar sobre a morte e o pecado, Cristo Jesus comprou nossa salvação, abrindo-nos de par em par as portas do Céu. Foi esse, entretanto, o único objetivo do Salvador com seu supremo martírio?

Não. Além de reparar as ofensas feitas ao Pai pelos pecados cometidos por suas criaturas humanas, e de redimi-las, quis Jesus nos ensinar um novo caminho de amor a Deus: o oferecimento irrestrito das próprias dores, chegando até ao sacrifício da própria vida.

Após o pecado original, afirma São Tomás, estabeleceu-se na alma humana a necessidade do sofrimento para facilitar-lhe a aceitação de seu estado de contingência e, assim, ser levada a recorrer ao auxílio sobrenatural.

Esta é a razão pela qual muitos autores católicos têm comparado a dor a uma espécie de “oitavo sacramento”. Sem esse poderoso meio, acentuar-se-ia no homem a tendência de fechar-se sobre si mesmo e constituir-se em centro do universo.

A dor o obriga a juntar as mãos em atitude de oração e a implorar a proteção de Deus e dos santos. Jesus, ao submeter-se a dores atrozes, físicas e morais, deu-nos o exemplo e a lição de quanto a dor é eficaz para conquistarmos a vida eterna.

Visto na perspectiva da Cruz de Cristo, o sofrimento é suportado com paz e serenidade e se torna insubstituível instrumento de conversão e progresso espiritual.

A Semana Santa nos traz excelente ocasião para refletirmos a respeito dos benefícios da Paixão de Nosso Senhor Jesus Cristo.

Aproveitemos para pedir a nosso Redentor, por intercessão de Nossa Senhora das Dores, que os méritos do seu preciosíssimo sangue derramado desçam sobre nós, de modo que, ao enfrentarmos nossas dores quotidianas, tenhamos as mesmas forças com que Ele enfrentou as dores da Paixão.

Texto extraído da Revista Arautos do Evangelho n.16, abril 2003.

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