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Feministas ‘católicas’ afixam 7 teses não tão católicas em catedrais, na Alemanha

“Maria 2.0” recebeu a compreensão de membros autorizados da Igreja Alemã.

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Redação (22/02/2021 21:07, Gaudium Press) O simbólico tem um peso grande que nem sempre é compreendido, mas normalmente causa seu impacto próprio.

É por isso que o grupo feminista que se afirma católico ‘Maria 2.0’ afixou domingo suas 7 teses nas catedrais católicas alemãs, à maneira de Lutero. Não temer ser comparado com o heresiarca revela muito o que elas querem e para onde vão. Embora muitos considerem um mito que Lutero tenha pregado suas 95 teses na igreja do Palácio de Wittenberg, o fato é considerado como o início da contestação do heresiarca à Igreja Romana.

As teses das feministas de Maria 2.0 são menos abundantes, apenas 7, entretanto, mais anticatólicas do que as do monge apóstata agostiniano.

Elas pedem uma atitude apreciativa em relação à sexualidade autodeterminada; resumindo, querem  a introdução da ideologia de gênero. Exigem a abolição do celibato obrigatório (por que as feministas se importam que um homem se entregue voluntária e totalmente ao serviço de Cristo?), e uma igreja com justiça de gênero, na qual todas as pessoas tenham acesso a todos os cargos; traduzindo, sacerdócio feminino e daí para frente.

Exigem que o episcopado alemão comece a “abordar seriamente as reformas necessárias na Igreja Católica e testemunhar com os fatos esta vontade de mudança”: ou seja, rápido, estão muito lentos.

Uma compreensão não totalmente compreensível

Surpreendente mas não surpreende a reação do porta-voz da Conferência Episcopal Alemã, Matthias Kopp, quando expressou sua compreensão sobre os pedidos de Maria 2.0: “Sabemos que mudanças são necessárias. Por essa razão, a Conferência Episcopal Alemã lançou o Caminho Sinodal para seguir essas questões.” Quais mudanças: as possíveis, as necessárias ou as impossíveis?

Essa compreensão as feministas de Maria 2.0 também encontraram no Bispo de Augsburgo, Mons. Bertram Meier, que recebeu com agrado as teses feministas e tirou uma foto com elas.

E tudo segue caminhando dessa forma na Igreja Alemã sob a tutela de seu sínodo nacional, com eclesiásticos que dizem, mas não afirmam; que insinuam, mas não declaram; no entanto, tudo parece apontar para uma ruptura de uma parte significativa de seus membros com o Magistério da Igreja.

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