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Papa Francisco aceita pedido de renúncia do Cardeal Robert Sarah

Nomeado pelo Papa Francisco, o Cardeal africano da Guiné Bissau é Prefeito da Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos desde 2014.

Nomeado pelo Papa Francisco, o Cardeal africano da Guiné Bissau é Prefeito da Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos desde 2014.

Redação (20/02/2021, 12:00, Gaudium Press) De acordo com um comunicado distribuído pela Sala de Imprensa da Santa Sé, o Papa Francisco aceitou neste sábado, 20/02, o pedido de renúncia apresentado pelo Cardeal Robert Sarah, que, desde 2014, exerce na Cúria Romana o cargo de Prefeito da Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos.

Por sua vez, em uma nota distribuída pelo próprio Cardeal, o Purpurado diz: “Hoje o Papa aceitou a renúncia ao meu cargo de Prefeito da Congregação para o Culto Divino e disciplina dos Sacramentos depois de meu septuagésimo quinto aniversário. Estou nas mãos de Deus. A única rocha é Cristo. Nos veremos muito em breve em Roma e em outros lugares. + RS” .

Quem é o Cardeal Prefeito que acaba de renunciar

O Cardeal Sarah nasceu no dia 15 de junho de 1945, na cidade Ourous, na Guiné Bissau. Em 2020 o Purpurado completou 75 anos, chegando assim à idade limite para exercer funções eclesiásticas.

Robert Sarah foi ordenado sacerdote em 20 de julho de 1969. Com penas 34 anos de idade foi nomeado arcebispo de Conacri por João Paulo II, em 1979. 

No dia 1º de outubro de 2001 ele foi nomeado como Secretário da Congregação para a Evangelização dos Povos.

Em 7 de outubro de 2010 foi nomeado Presidente do Pontifício Conselho “Cor Unum”.

Apenas um mês depois, o Papa Bento XVI o criou Cardeal da Diaconia de São João Bosco, na Via Tuscolana.

Em março de 2013, Robert Sarah participou do conclave que elegeu o Papa Francisco.

Em 23 de novembro de 2014, o Papa Francisco nomeou o Purpurado africano como Prefeito da Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos. Nela ele permaneceu até hoje.

 

Cardeal Sarah: importante atuação na defesa da família, do direito à vida e da liberdade religiosa

O Cardeal africano tornou-se um dos mais atuantes e influente cardeais na Igreja em nossos dias, em todo o mundo. Ele é considerado como um firme defensor da liturgia, do direito à vida, dos direitos da família e da liberdade religiosa.

Em muitas ocasiões criticou a ideologia do gênero. Em 2016 o Cardeal disse que esta corrente ideológica é “demoníaca” e “impulso mortal” que ataca as famílias.

Sínodo dos Bispos sobre os Jovens

Robert Sarah participou do Sínodo dos Bispos sobre os Jovens em 2018 quando afirmou que “diluir” a doutrina moral católica no campo da sexualidade não vai  atrair as novas gerações.

Sínodo dos Bispos sobre a Amazônia

Em outubro de 2019, o Cardeal participou do Sínodo dos Bispos sobre a Amazônia.

Em uma entrevista ao jornal italiano Corriere della Sera, o cardeal Sarah lamentou que alguns usaram a “assembleia para fazer avançar seus planos. Estou pensando em particular na ordenação de homens casados, na criação de ministérios femininos e na jurisdição dos leigos. Esses pontos tocam a estrutura da Igreja universal”, disse.

Livro sobre o sacerdócio e o celibato escrito em conjunto com Bento XVI

Em janeiro de 2020, o Cardeal Sarah escreveu com o Papa emérito Bento XVI um livro sobre o sacerdócio e o celibato sacerdotal que recebeu o título de “Do fundo de nossos corações”.

Na ocasião o cardeal foi alvo de alguns ataques que o acusavam de mentir sobre a participação do Papa emérito, mas ele respondeu mostrando a correspondência mantida com Bento XVI sobre o texto do livro escrito por ambos.

Cardeal Sarah e as restrições impostas pela pandemia e a atuação dos sacerdotes

Em abril de 2020, diante das restrições estabelecidas a propósito da pandemia do coronavírus, o Cardeal Sarah lembrou que “os sacerdotes devem fazer todo o possível para permanecer perto dos fiéis” e destacou que “ninguém tem o direito de privar um doente ou moribundo da assistência espiritual de um padre. É um direito absoluto e inalienável”. (JSG)

(Foto Vatican News)

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