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Como viver o tempo da Quaresma

Os quarenta dias que precedem a Semana Santa, são colocados pela Igreja para nos prepararmos para a maior Solenidade do ano: a Páscoa, a Ressurreição, a vitória de Jesus sobre o pecado.

Os quarenta dias que precedem a Semana Santa, são colocados pela Igreja para nos prepararmos para a maior Solenidade do ano: a Páscoa, a Ressurreição, a vitória de Jesus sobre o pecado.

Redação (27/02/2024, 17:00, Gaudium Press) Desde os primórdios do Cristianismo a Quaresma marcou para os cristãos um tempo de graça, oração, penitência e jejum, afim de obter a conversão.

Ela nos faz lembrar as palavras do Mestre divino: “Se não fizerdes penitência, todos perecereis” (Lc 13,3).

Esses quarenta dias que precedem a Semana Santa, são colocados pela Igreja para que cada um de nós se prepare para a maior de todas as Solenidades litúrgicas do ano: a Páscoa. A grande celebração da Ressurreição de Jesus, a vitória Dele e nossa sobre o Mal, sobre o pecado, sobre a morte e sobre o inferno.  

A celebração litúrgica não é mera lembrança do passado, algo que aconteceu com Jesus e passou, não. Jesus está presente na Liturgia. O Catecismo diz que:
 “Pela liturgia, Cristo, nosso redentor e sumo sacerdote, continua em sua Igreja, com ela e por ela, a obra de nossa redenção.” (§1069).
Isto quer que, pela Liturgia da Igreja, Jesus continua a nos salvar, especialmente pelos Sacramentos, e faz tornar presente a nossa redenção.

Por causa da pandemia, o Cardeal Osoro e as Irmandades de Madrid, suspenderam a realização das Procissões Quaresmais.

Como o cristão se prepara para beneficiar-se dessa celebração?

Mas, para que o cristão possa se beneficiar dessa celebração precisa estar preparado, com a alma purificada e o coração sedento de Deus.

A Igreja recomenda sobretudo que vivamos aquilo que ela chama de “remédios contra o pecado” (jejum, esmola e oração), que Jesus recomendou no Sermão da Montanha (Mt 6, 1-8) e que a Igreja nos coloca diante dos olhos logo na Quarta-feira de Cinzas, na abertura da Quaresma.

A meta da Quaresma é a expiação dos pecados pelos exercícios de piedade

A meta da Quaresma é a expiação dos pecados; pois eles são a lepra da alma. Não existe nada pior do que o pecado para o homem, a Igreja e o mundo. Todos os exercícios de piedade e de mortificação têm com objetivo de livrar-nos do pecado.

O jejum fortalece o espírito e a vontade para que as paixões desordenadas, especialmente aquelas que se referem ao corpo (gula, luxúria, preguiça), não dominem a nossa vida e a nossa conduta.

A esmola socorre o pobre necessitado e produz em nós o desapego e o despojamento dos bens terrenos; isto nos ajuda a vencer a ganância e o apego ao dinheiro.

A oração fortalece a alma no combate contra o pecado. Jesus recomendou na noite de sua agonia: “Vigiai e orai, o espírito é forte mas a carne é fraca”. 

A Quarta-feira de Cinzas marca o início da Quaresma. Bastaria isso para que esse dia fosse considerado como um dos grandes dias penitenciais do ano.

Oração, jejum, esmola: o que nos ensina a Palavra de Deus sobre esses exercícios 

A Palavra de Deus nos ensina: “É boa a oração acompanhada do jejum e dar esmola vale mais do que juntar tesouros de ouro, porque a esmola livra da morte, e é a que apaga os pecados, e faz encontrar a misericórdia e a vida eterna” (Tb 12, 8-9).

“A água apaga o fogo ardente, e a esmola resiste aos pecados”(Eclo 3,33). “Encerra a esmola no seio do pobre, e ela rogará por ti para te livrar de todo o mal” ( Eclo 29,15).

Jesus ensinou: “É necessário orar sempre sem jamais deixar de fazê-lo” (Lc 18,1b); “Vigiai e orai para que não entreis em tentação” (Mt 26,41a); “Pedi a se vos dará” (Mt 7,7) . E São Paulo recomendou: “Orai sem cessar” (I Ts 5,17).

Quaresma é, pois, tempo de rompimento total com o pecado. Alguns pensam que não têm pecado, se julgam irrepreensíveis, como aquele fariseu da parábola que desprezava o pobre publicano (Lc 18,10 ss); mas na verdade, muitas vezes não percebem os próprios pecados por causa de uma consciência malformada que acaba encobrindo-os.

Para não cairmos neste erro temos de comparar a nossa vida com aqueles que foram os modelos de santidade: Cristo e os Santos.

(Adaptação de artigo do Professor Felipe Aquino, Professor de História da Igreja do “Instituto de Teologia Bento XVI” da Diocese de Lorena e da Canção Nova, Cavaleiro da Ordem de São Gregório Magno)

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