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Em 2021, direi sim ou não?

Deus me chama a trabalhar na sua vinha. O que responderei?

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Redação (17/12/2020 16:00, Gaudium Press) Dois mil anos de História não foram capazes de desatualizar a Palavra de Deus contida nas Sagradas Escrituras, pois sempre há verdades que podem ser extraídas dos ensinamentos divinos e aplicadas aos tempos atuais.

Assim, aquela parábola dos dois filhos convocados pelo pai para trabalhar na vinha, que respondem ao chamado de maneira diversa – um diz que sim, mas não vai, e o outro diz que não, mas acaba indo – não deixa de ser atual e aplicável aos nossos tempos.

Com efeito, há muitas formas de Deus se manifestar aos homens. Uma delas é aparecer visivelmente, em forma de figura, como se lê nas passagens do Antigo Testamento. Outra é por meio dos acontecimentos, em que os homens veem a Deus através das suas obras, como por exemplo nos cataclismas climáticos, onde as forças humanas desaparecem e se ressalta a força onipotente do Todo-Poderoso.

E, de diversos modos, Deus se dirige à humanidade ao longo de toda a História, insistindo para que ela cumpra a sua vontade.

Em 2020, a humanidade foi visitada por Deus, e de maneira muito palpável. Sem entrarmos no mérito da questão, analisemos o fato do surgimento de um simples vírus, que proliferou a ponto de causar preocupação em todas as partes de terra, fazendo com que os homens se dessem conta de sua pequenez, e percebessem que coisas piores do que essas podem acontecer.

Porém, houve uma segunda visita, num âmbito mais individual. Aquelas almas que abriram os olhos e perceberam a ação de Deus nos acontecimentos, foram visitadas com graças interiores, que propiciaram uma visão clara de sua situação, e em consequência uma possível conversão.

Ora, não há meios de descrever as manifestações de Deus em cada alma – pois só Ele as conhece – o que é possível, entretanto, é refletir sobre o que Deus vinha pedindo nessas suas visitas à humanidade em geral.

Como bom pai, Deus quer antes de tudo que seus filhos prestem à sua Majestade a glória que Lhe é devida. Assim, tudo quanto existe deve dar glória a Deus, e essa é a única razão da existência de todas as criaturas.

Partindo desse pressuposto, podemos dizer que, em cada visita, Deus como que pergunta: “Quereis trabalhar na minha vinha, e lutar por mim para que seja feita a minha vontade, assim na terra como no Céu?”

O pedido não podia ser mais pungente, uma vez que o que está em jogo é a glória do Senhor do Universo, que está sendo conspurcada continuamente por meras criaturas suas, que poderiam ser desintegradas por um simples ato de vontade de Deus, mas que continuam existindo por sua misericórdia, e seu desejo de salvá-las.

À toda a humanidade, Deus dirige seu apelo, e várias são as respostas que Ele pode receber.

Pelos eventos inopinados que marcaram o ano de 2020, podemos afirmar que foi um ano de experiência, em que Deus permitiu uma série de acontecimentos para preparar os indivíduos e a humanidade, enquanto um todo, para responder aos próximos chamados que receberão no ano de 2021. Graças não faltaram!

Por isso, cada um deve pensar: “Tendo ouvido o chamado de Deus, eu direi inicialmente sim, mas sufocado pelo egoísmo e pela preguiça não corresponderei? Eu direi não, mais uma vez, e talvez não terei tempo de me arrepender e de voltar atrás? Ou direi sim e irei, de fato, como teria feito um terceiro filho perfeito da parábola?

Enfim, 2021 está às portas. Deus está sempre se manifestando, de uma forma ou de outra, mas além de ser a misericórdia, Deus é também a justiça. Portanto, “se hoje ouvirdes a sua voz, não endureçais os vossos corações.” (Sl 95, 7-8)

Por Odair Ferreira

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