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Caracas: Profanado Santuário da Virgem de Coromoto, Padroeira da Venezuela

Os profanadores do Santuário atacaram o Tabernáculo do Santíssimo Sacramento mas “respeitaram” e não levaram as hóstias consagradas.

Os profanadores do Santuário atacaram o Tabernáculo do Santíssimo Sacramento mas “respeitaram” e não levaram as hóstias consagradas.
Redação (06/10/2020, 17:30, Gaudium Press) Um roubo com características bem próprias ocorreu no domingo, 27 de setembro, em um Santuário Católico de Caracas. O Santuário é dedicado à Virgem de Coromoto, padroeira da Venezuela.

Nesse ato sacrílego as Hóstias Consagradas não foram jogadas pelo chão ou levadas com os ladrões

Os ladrões, ainda não identificados, entraram no maravilhoso templo mariano para levar vários objetos. No entanto, embora os autores tenham arrombado a porta do Tabernáculo onde ficam as hóstias consagradas, tentaram tirar umas lâminas douradas que o adornam, mas não conseguiram.

Um fato estranho é que, quando se compara esta a outras profanações constata-se que nesse ato sacrílego as Hóstias Consagradas não foram jogadas pelo chão ou levadas com os ladrões.

Em outras palavras: os ladrões “respeitaram” Jesus no Santíssimo Sacramento! Conjectura-se que este “respeito” a Jesus no Santíssimo Sacramento pode ter ocorrido porque eles tinham pleno conhecimento da profanação que estariam cometendo, caso fossem além do “simples roubo”.

Estas conjecturas foram levantadas na quarta-feira, 30 de setembro, quando os responsáveis pelo Santuário, que fica no bairro El Paraíso, de Caracas, abriram suas portas aos meios de comunicação para divulgar o novo episódio de violência contra os espaços sagrados da Igreja Católica, neste país latino-americano.

Os profanadores do Santuário atacaram o Tabernáculo do Santíssimo Sacramento mas “respeitaram” e não levaram as hóstias consagradas.

Como foi a Profanação, segundo o pároco

Padre Jonathan González, que pertence ao Santuário, em um comunicado distribuído, afirmou que os profanadores “quebraram as portas de madeira e abriram o Santíssimo Sacramento, respeitaram as formas sagradas (Santíssimo Sacramento) e tentaram arrancar algumas placas douradas, mas não as retiraram”.

A informação do Padre Gonzáles foi divulgada pela rede social Instagram da paróquia de Santo Afonso Maria de Ligório à qual pertence o santuário de “Nossa Senhora de Coromoto”.

“Nossa paróquia foi roubada e roubada por alguns ladrões que entraram pela grade da cripta”, disse González, que pertence à Congregação do Santíssimo Redentor.
“Eles forçaram todas as portas da cripta onde se realizam catequese e atos paroquiais. Subiram a escada em caracol que liga a cripta ao altar-mor ”.

O sacerdote explicou que os criminosos quebraram as portas de madeira e abriram o Santíssimo Sacramento, insistindo que respeitavam as formas sagradas e tentaram arrancar algumas placas de ouro, mas não as levaram.

Os profanadores do Santuário atacaram o Tabernáculo do Santíssimo Sacramento mas “respeitaram” e não levaram as hóstias consagradas.

O que foi roubado e a solidariedade dos paroquianos

Ao que parece os ladrões conseguiram roubar apenas pequenas máquinas e refletores especiais usados na iluminam das imagens.

Padre Gonzáles agradeceu “a solidariedade dos paroquianos na recolocação dos bens roubados” e explicou que os fatos foram informados às autoridades da Guarda Nacional Bolivariana que, a seguir, revisaram os lugares da Igreja.

Por fim, ele pediu que se rezasse “pelo arrependimento e conversão de quem pratica atos contra a lei de Deus”, que contempla também o mandamento que ordena “não roubar”.

Templo de inspiração dos Missionários Redentoristas

O belo Santuário de Nossa Senhora de Coromoto foi inaugurado em 23 de maio de 1961, com a bênção do ex-cardeal da Venezuela, José Humberto Quintero, que, então, era arcebispo de Caracas.
Os promotores da construção do Templo foram os Missionários Redentoristas que naquela ocasião tinham acabado de construir outra Igreja dedicada a Nossa Senhora do Perpétuo Socorro que se localiza na região denominada Pagüita, no centro de Caracas, “onde os sacerdotes missionários atuaram como arquitetos e operários”. (JSG)

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