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Como foi o caminho de conversão de um jovem chinês?

Foi andando por caminhos tortuosos que, mesmo assim, Francisco Paulo conheceu Santo Tomás de Aquino e a Verdade santa e divina da Igreja.

Foi andando por caminhos tortuosos que, mesmo assim, Francisco Paulo conheceu Santo Tomás de Aquino e a Verdade santa e divina da Igreja.

Redação (27/08/2020, 14:10 – Gaudium Press) O jovem Francisco Paulo Yang nasceu em 1993 em uma família simples da cidade de Anhui, na China. Paulo cresceu em um ambiente ateu e sua formação seguiu os moldes da educação ateia de um regime comunista.

No último dia 15 de agosto, Solenidade da Assunção de Maria, com 27 anos, Paulo foi batizado em uma paróquia localizada nos arredores de Xangai, na China, depois de alguns anos de uma sincera busca espiritual.

Era laicista, hedonista, sem grandes aspirações, com uma vida absurda e dissoluta

Francisco Paulo disse à Agencia Ásia News que durante os primeiros anos de universidade ele “era totalmente laicista e hedonista sem grandes aspirações e levava uma vida absurda e dissoluta”.

Em um certo momento, recordou ele, “de repente e sem aviso prévio, como se tivesse sido abatido, decidi que não queria viver sem um objetivo específico. E agora, olhando para trás, eu entendo que, sem dúvida, foi a graça de Deus que me tomou e me conduziu”.

Foi andando por caminhos tortuosos que, mesmo assim, Francisco Paulo conheceu Santo Tomás de Aquino e a Verdade santa e divina da Igreja.

“Tentando descobrir o que é sabedoria”

Ele conta que percorreu seu caminho andando por vias que o decepcionaram. Caminhou pela filosofia ocidental moderna “que se revelou feita de especulações pobres, um racionalismo abstrato, que nada tem a ver com a vida real. Não era aquilo que o meu coração desejava”, disse.

Francisco Paulo andou pela filosofia chinesa e pode dizer que “muitas vezes, Deus nos conduz a um caminho tortuoso para que possamos sentir verdadeiramente sua Providência Divina Onipotente”. Foi num desses caminhos tortuosos que ele conheceu Santo Tomás de Aquino e graças a ele conheceu a Verdade divina e santa da Igreja, afirmou.

Fusão do catolicismo com outras filosofias: frustração

No início de sua procura da Verdade, até chegar à conversão, ele tentou “fundir a tradição do catolicismo com a tradição chinesa”. “Essas tentativas –afirmou–me causaram sofrimento e no final se mostraram fúteis”.

Francisco Paulo recordou que entre a filosofia chinesa e o catolicismo “existem diferenças insuperáveis que, uma vez aplicadas à vida cotidiana, poderiam nos colocar em contradição, gerando confusão”.

Ele explica que só no final conseguiu compreender que o que Nosso Senhor lhe pedia não era “integrar ou fundir os dois sistemas, mas obedecê-lo; não agir segundo a minha vontade pessoal e realizar uma transformação total, mas aprendendo a ser humilde, deixando que Deus me conduza neste bosque que é a vida”, assegurou ele para Asia News.

Que a paixão missionária de Paulo possa me acender e me ajude a anunciar o Evangelho de Cristo na China

Francisco agradece tudo que aconteceu em sua vida e que o conduziu agora ao batismo, “justamente na solenidade da Assunção de Maria”, explicou.

E ele afirma que, embora “tenha sido Santo Tomás de Aquino quem me colocou em contato com a verdade do catolicismo, meu teólogo favorito é São Boaventura”.

“Por outro lado, como homem moderno, através da Idade Média, gostaria de ir diretamente ao tempo dos Apóstolos, vivendo nesta tradição viva. Por isso escolhi Paulo como segundo nome”, acrescentou, dizendo que por isso pediu “que a paixão missionária de Paulo possa me acender, ajudando-me a anunciar o Evangelho de Cristo na China, segundo as minhas possibilidades”. (JSG)

 

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