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Em Brasília, Padre censura canto entoado em Missa: “Estamos no reinado de Cristo, não do povo”

Um canto usado durante a liturgia pode conter erros teológicos, não ter base cristã, mas uma inspiração marxista e revolucionária?

Um canto litúrgico pode conter erros teológicos, não ter base cristã, mas uma inspiração marxista e revolucionária?

Redação (11/07/2020 16:51, Gaudium Press) Nessa última semana, um vídeo repercutiu intensamente nas redes sociais. Nele, um sacerdote faz uma correção à letra de uma música cantada na entrada da Santa Missa por ele presidida. Ouvindo o canto, o celebrante fez uma correção: “estamos no reinado de Cristo, não do povo”, conforme afirmava a letra da canção.

O fato ocorreu no último domingo, 5 de julho, durante uma Missa celebrada na Paróquia Nossa Senhora Aparecida, na cidade satélite de Samambaia, no Distrito Federal. A correção foi feita pelo próprio pároco Padre Ulysses Reis de Carvalho, durante a celebração que é transmitida ao vivo pela página da Paróquia, no Youtube.

Sacerdote censura canto entoado em procissão de entrada da Santa Missa

Durante a procissão de entrada, o ministério de música entoou a canção “Quando o dia da paz renascer”. No trecho cantado, a letra da música afirma: “Quando o dia da paz renascer, quando o sol da esperança brilhar, eu vou cantar; Quando o povo nas ruas sorrir e a roseira de novo florir, eu vou cantar; Quando as cercas caírem no chão, quando as mesas se encherem de pão, eu vou sonhar; Quando os muros que cercam os jardins destruídos então os jasmins vão perfumar; Vai ser tão bonito se ouvir a canção cantada, de novo; No olhar da gente a certeza do irmão; Reinado, do povo”.

Um canto litúrgico pode conter erros teológicos, não ter base cristã, mas uma inspiração marxista e revolucionária?

”Uma forma de humanismo sem base cristã, de inspiração marxista e revolucionária”.

Quando o cântico terminou, o Padre Ulysses corrigiu: “Estamos no reinado de Cristo, não do reinado do povo, porque o povo só faz bobagem”.

E o sacerdote não ficou apenas nesta observação. Ele disse mais: “se prestarem atenção nessa música, ela não fala o nome de Jesus, de Cristo, de Deus, nenhuma vez. É o que a gente chama de um hino humanista, não um hino cristão, muito menos católico”.

A correção feita pelo pároco teve grande repercussão nas redes sociais e, no canal do Youtube da Paróquia, Padre Ulysses explicou: “Aquele canto contém erros de natureza teológica e doutrinal. Expressa uma forma de humanismo sem base cristã, de inspiração marxista e revolucionária”.

Um canto litúrgico pode conter erros teológicos, não ter base cristã, mas uma inspiração marxista e revolucionária?

Cantos ditos litúrgicos fazem doer a alma

O Padre Ulysses justificou sua atitude: “Como responsável por essa paróquia e diante das muitas centenas de pessoas que assistiram à missa ao vivo e online, era meu dever fazer a correção, que não foi dirigida aos cantores, mas à letra e seu conteúdo”.
O sacerdote ainda acrescentou que “a má qualidade das letras e melodias dos cantos pretensamente litúrgicos cantados em nossas igrejas fazem doer a alma”.

Uma das formas de caridade é alertar e corrigir as pessoas do erro

Entre os comentários seus paroquianos está o de Alisson F. que agradeceu ao sacerdote “por alertar a comunidade sobre a música” e afirmou também que “uma das formas de caridade é alertar e corrigir as pessoas do erro, ainda mais com algo tão prejudicial como o marxismo querendo colocar o povo acima de Deus, Cristo que deve reinar, não o povo”.

Também o Padre Luciano Carvalho, da Arquidiocese de Brasília, assinalou que “o pastor agiu de forma cirúrgica e caridosa ao perceber o erro e alertar o povo, não expondo os cantores e sim o canto”.

“Não sejamos uma geração que não suporta a correção. O gesto do padre evidência algo importante que precisa ser corrigido”, concluiu o Padre Luciano. (JSG)

(Da Redação Gaudium Press, com informações https://www.acidigital.com/noticias/video-padre-corrige-letra-de-canto-em-missa-estamos-no-reinado-de-cristo-nao-do-povo-36445)

ERRATA: A primeira versão desta matéria publicada no sábado, 11 de julho, noticiou incorretamente que a música em questão havia sido gravada pelo Padre Zezinho, SCJ. No entanto, Padre Joãozinho SCJ nos informou que a referida canção é de autoria de Zé Vicente. O equívoco se deve ao fato de o Padre Zezinho ter composto uma música com o mesmo título, Utopia, com letras diferentes. Além disso, apesar de a música de Zé Vicente ser cantada em diversas celebrações eucarísticas, ela não é considerada litúrgica, conforme veiculamos anteriormente.

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